Na noite do último sábado, o Utah Jazz, líder da Conferência Oeste, não tomou conhecimento do Orlando Magic e fez magia em seus domínios. Ao final do primeiro tempo, Utah já vencia a partida por 78 a 40, liquidando a fatura na metade do confronto e colocando os reservas da equipe faltando 3 minutos pro fim da primeira metade.
Com o jogo vencido, muito pela atuação de gala de Donovan Mitchell, Joe Ingles e Bojan Bogdanović, logo no terceiro período a equipe chegou a marca centenária e fechou a partida com 137 a 91. Mitchell foi o cestinha da partida com 22 pontos, seguido por Ingles e Bogdanović com 17 pontos, Jordan Clarkson com 15 pontos e Rudy Gobert com 11 pontos.
Em outras temporadas, seria um ponto fora da curva da equipe, que raramente seria vista como uma potencial força da NBA, um favorito ao título da maior liga de basquete do mundo. No entanto, nesta temporada, a equipe funciona pontualmente, como um relógio suíço.
Não há aquele atleta que destoa dos demais, como os Los Angeles Lakers que rende espetacularmente com LeBron James e Anthony Davis, mas quando eles estão entregues ao departamento médico, o ritmo da equipe despenca pela metade, e necessita do talento de Kyle Kuzma (jogador contestado pelos torcedores auri-roxos), Alex Caruso (sexto homem, muitas vezes promovido a protagonista em jogos duros) e Montrezl Harrell (pivô de força à moda antiga que manda no garrafão, mas deixa a equipe mais lenta). Nem como o Brooklyn Nets, que está com jovens e promissores talentos como Timothé Luwawu-Cabarrot, mas também depende muito do “Trio Ternura” formado por James Harden, Kevin Durant e Kyrie Irving.
O Boston Celtics poderia ser a equipe que se assemelharia a tal característica, mas mesmo com grandes talentos como Marcus Smart, Jaylen Brown e Jayson Tatum aliados à experiência de Kemba Walker, os duendes de Massachussets não encontram a regularidade necessária para convencer torcedores, críticos e, às vezes até eles mesmos a serem candidatos ao título da NBA.
O que encanta na equipe de Salt Lake City é que não há um super craque na equipe. É como se o Utah jogasse no ritmo de Jazz, e todos os jogadores são notas em uma partitura regida pelo maestro Quinn Snyder, e preparada para o maior dos concertos: As Finais da NBA.