Com a final da Champions League se aproximando, podemos ver uma das grandes surpresas da temporada na final em busca do título, o PSG. A equipe francesa vai em busca do título inédito em uma temporada correndo riscos de uma eliminação vexatória na fase de grupos. Em uma temporada sem estrelas como Neymar e Mbappé, o PSG tem uma árdua missão: conquistar a tríplice coroa sem um elenco repleto de superestrelas.
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A equipe parisiense volta novamente para as finais após o vice para o Bayern de Munique na temporada 2019/20. Naquela temporada, o time era um dos favoritos ao título, porém, a decisão de não renovar o contrato com suas estrelas foi fatal. Por exemplo, o zagueiro Thiago Silva, o capitão da equipe, não teve seu contrato renovado pela equipe, e posteriormente viria a ser campeão da Champions League pelo Chelsea.
O PSG chega à final contra a Inter de Milão, em um duelo equilibrado, estando muito próximo de conquistar seu primeiro título europeu. Entretanto, a evolução da equipe é admirável, que caso não saia vencedora, pode voltar às finais nos próximos anos. A Champions League é o maior sonho da equipe, e voltar a uma final é sem dúvida um sinal que a equipe está no caminho certo.
A equipe, que já contou até mesmo com Lionel Messi, decidiu apostar em um projeto sem grandes estrelas, e tudo indica que esse perfil será mantido nos próximos anos. A escolha, sem dúvidas, foi certeira, permitindo ao elenco atuar com menos pressão e maior coesão. A evolução do grupo, aliada a um projeto liderado pelo técnico Luis Enrique, demonstra que o PSG pode alçar voos ainda mais altos no futuro.
O PARIS SAINT-GERMAIN “LOW PROFILE”
O elenco pode não contar com jogadores midiáticos, mas conta com um possível melhor jogador do mundo: Ousmane Dembélé. O ponta francês chegou a Paris após uma saída “conturbada” do FC Barcelona, equipe onde passou grande parte de sua carreira. Mesmo com dúvidas sobre sua saúde física, o jogador se consolidou rapidamente como uma peça fundamental na equipe de Luis Enrique. Atualmente, Dembélé conta com 33 gols e 12 assistências, totalizando 45 participações em gols em 54 jogos.
Além de Dembélé, o ataque parisiense conta com o habilidoso Khvicha Kvaratskhelia. O ponta georgiano chegou na equipe no meio da temporada e após um excelente desempenho no Napoli, onde foi bicampeão do campeonato italiano. No PSG, seu impacto foi imediato, sendo responsável pela armação do ataque, anotando 11 gols e 7 assistências. O georgiano se junta ao meia espanhol Fabián Ruiz, que também atuou pelo Napoli.
Na defesa, Hakimi e Marquinhos são as principais referências. Hakimi afirmou-se como um dos melhores laterais direitos da atualidade e, curiosamente, enfrentará sua antiga equipe na final. Já Marquinhos, o capitão, apesar das críticas sofridas na Seleção Brasileira, é o principal pilar defensivo do PSG. A defesa tem se mostrado extremamente sólida, sofrendo apenas 55 gols na temporada, uma média de 0,96 gols por jogo.
A chegada desses talentos contribuiu para a formação de um grupo mais unido e focado, com todos alinhados em torno de um único objetivo: conquistar a Champions League. O foco no desempenho coletivo evidencia a evolução da equipe, que deixou de priorizar as premiações individuais para apostar na força do conjunto. Esse perfil será ainda mais testado na decisão contra a Inter de Milão, um adversário conhecido por sua solidez defensiva e força tática.
LUIS HENRIQUE E SEU PROJETO VENCEDOR
O Luis Enrique é sem dúvidas um dos principais treinadores da Europa, e sua chegada ao PSG, foi uma mudança na filosofia do time. O treinador foi um dos principais responsáveis pelas mudanças na equipe, sejam elas táticas ou psicológicas. O técnico espanhol resolveu os problemas de confiança e de “ego inflado” dos jogadores, assumindo a liderança do elenco do PSG.
Dentro de campo, o treinador Luis Enrique implementou o estilo “tiki-taka”, uma tática que se mostrou perfeita para a equipe francesa. Esse modelo de jogo se encaixou de maneira impecável no elenco, transformando não apenas a forma como o time ataca, mas também como se defende. A troca constante de passes passou a ser uma das principais armas do PSG, permitindo maior controle da posse de bola e ditando o ritmo das partidas. Além disso, o posicionamento inteligente dos jogadores criou verdadeiras armadilhas para os adversários, dificultando a marcação e favorecendo infiltrações. Essa mudança tática foi determinante para a solidez e a eficiência que levaram o PSG até a final da Champions League.
Muito além dos títulos, o Paris Saint-Germain é exemplo de evolução, dentro e fora de campo. O elenco unido provou que o foco coletivo em qualquer elenco pode aproximar o time de títulos gloriosos. Independentemente do resultado da final, o PSG demonstrou que é possível reconstruir um elenco, superar crises e transformar decepções passadas em novas oportunidades de sucesso.