O Campeonato Carioca não é uma prioridade para o Botafogo. Isso não chega a ser um problema, desde que o clube encare a competição como uma pré-temporada, aposte nos jovens e, no mínimo, garanta uma vaga na Copa do Brasil via Taça Rio. No entanto, em 2025, um ponto preocupante se destaca: o Estadual deveria valer muito para quem busca espaço, mas nem para esses jogadores valeu.
Oportunidades desperdiçadas
Jogadores que poderiam aproveitar o torneio para se firmar no elenco principal não mostraram intensidade, esforço ou evolução suficientes. Jovens como Kauê, Yarlen e Matheus Nascimento tiveram oportunidades, mas não conseguiram se destacar. No caso de Matheus, o futuro deve ser longe do clube, já que está a caminho do LA Galaxy.
Outro nome que decepcionou foi Patrick de Paula. Embora tenha feito alguns gols e boas jogadas, o volante não demonstrou o ritmo e a intensidade esperados para brigar por uma vaga no time principal. Assim como ele, Serafim e Vitinho Lopes também não corresponderam tecnicamente.
Até mesmo o técnico interino Carlos Leiria sai do Carioca com uma imagem mais desgastada do que quando assumiu.
O que se salvou?
Entre os poucos destaques positivos, Newton mostrou evolução, enquanto Rafael Lobato teve alguns bons momentos. Já Kayke foi um dos poucos que enxergaram o Estadual como uma grande oportunidade, brigando por cada bola como se fosse uma final.
Foco no time principal
Ainda sem saber se disputará as semifinais do Carioca ou apenas a Taça Rio, o Botafogo já olha para o futuro. Com Cláudio Caçapa no comando interino e aguardando um treinador definitivo, o time principal precisa se ajustar, integrar os reforços e fortalecer sua base para enfrentar os desafios da temporada.
Se há uma percepção justa neste início de ano, é a de que o Botafogo perdeu força em relação a 2024. Agora, é o momento de começar a moldar o time para um calendário longo e competições muito mais exigentes do que o Estadual.