A discussão sobre o VAR em escanteios ganhou força nos bastidores da Fifa e, portanto, reacendeu o debate global sobre o uso da tecnologia. Durante uma reunião recente com o IFAB, a entidade apresentou a ideia de permitir a revisão de escanteios marcados de maneira equivocada especificamente para a Copa do Mundo de 2026. Embora a proposta ainda esteja em análise, ela já movimenta dirigentes, árbitros e especialistas, porque poderia alterar um dos lances mais frequentes do jogo.
Ajustes em estudo para o Mundial
Segundo informações divulgadas pelo The Telegraph, a Fifa tenta ampliar o protocolo do VAR de forma controlada. Assim, competições curtas, como o Mundial, poderiam testar regras que não exigem mudanças permanentes. A revisão de escanteios entraria nesse pacote. A tecnologia avaliaria se a bola cruzou totalmente a linha ou qual time tocou nela por último.
Além disso, outros pontos entraram na discussão. A possibilidade de o VAR revisar expulsões por segundo cartão amarelo permanece na mesa, embora gere certa resistência por envolver julgamentos subjetivos. Por outro lado, a proposta que eliminaria rebotes em cobranças de pênalti perdeu força e saiu da pauta.
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Datas decisivas e impactos esperados
O calendário para decidir essas mudanças fica cada vez mais apertado. Em 20 de janeiro de 2026, o IFAB retoma as conversas e, logo depois, define o que entra na votação. Em 28 de fevereiro, a entidade fecha o prazo para qualquer ajuste que a Fifa queira implementar na Copa. Apenas depois desse processo a Fifa inicia os testes.
Nos bastidores, dirigentes demonstram grande interesse no uso do VAR em escanteios, porque muitos temem que um erro simples influencie uma partida decisiva, até mesmo uma final. Apesar disso, o grupo técnico aponta riscos de atrasos, já que revisões adicionais podem alongar o tempo de jogo.
A proposta não altera o protocolo oficial do VAR e não entra em ligas como a Premier League. O plano funciona apenas como teste temporário, algo que o IFAB libera em situações específicas. A Fifa, porém, insiste em ampliar o espaço para novas tecnologias, e por isso o debate avança com força até março, quando o tema chega à votação da assembleia geral.
Se o IFAB aceitar a ideia, a Copa de 2026 inaugura um novo capítulo da arbitragem digital e introduz uma ferramenta inédita no cenário mundial.





