Lyon recebe cobranças milionárias ligadas ao Botafogo
O jornal L’Équipe revelou, nesta quarta-feira (3), que o Lyon enfrenta cobranças inesperadas por supostas transferências fantasmas. Tudo teria acontecido no período em que John Textor controlava Botafogo e OL pela Eagle Football Holdings. A reportagem classificou o caso como “o escândalo mais recente da era Textor”, época marcada por crise financeira intensa e risco real de rebaixamento.
Segundo o jornal, a MCCP Investment Partners enviou e-mails para executivos do Lyon e cobrou valores ligados às negociações de Igor Jesus, Luiz Henrique, Savarino, Thiago Almada e Jair Cunha. Textor adiantou receitas nessas operações, mas a LFP não registrou nenhuma delas. O episódio abriu uma nova turbulência administrativa no clube francês.
Entre julho de 2024 e março de 2025, essas movimentações criaram um rombo de 120 milhões de euros e desorganizaram ainda mais o orçamento do Lyon. O pacote envolveu cinco atletas. No entanto, apenas Thiago Almada chegou a ser inscrito no OL. Depois disso, o clube o emprestou de graça em janeiro de 2025.
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Cobranças atingem Lyon e Botafogo simultaneamente
O L’Équipe detalhou que executivos receberam e-mails de Vikram Nayyar, vice-presidente da MCCP, cobrando a primeira parcela de 41,5 milhões de euros, antecipados para a compra de Igor Jesus. O atacante, porém, saiu rapidamente para o Nottingham Forest e nunca vestiu a camisa do Lyon em jogos oficiais.
Além disso, o Botafogo também cobra o Lyon. A ESPN revelou, em agosto, que o clube carioca não recebeu valores referentes às mesmas negociações, ainda que tais operações tenham sido lançadas nos balanços da Eagle Football Holdings. Assim, os dois clubes questionam os números apresentados pelo antigo comando financeiro.
O Lyon vive um momento de reconstrução e tenta reorganizar o caixa sob responsabilidade da empresária Michele Kang, que assumiu o controle administrativo após o afastamento definitivo de Textor em junho. Ela adotou uma política de austeridade total para conter a sequência de prejuízos acumulados.
Enquanto isso, Textor segue como dono da SAF do Botafogo, embora enfrente pressão crescente por respostas claras sobre o fluxo desses recursos. Por fim, a Eagle continua proprietária do Lyon, mas com o norte-americano fora da presidência e sem poder decisório no dia a dia do clube.
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