Durante a apresentação oficial do elenco feminino do Cruzeiro para a temporada de 2025, Bárbara Fonseca, diretora de futebol feminino do clube, abordou temas importantes sobre o planejamento da equipe. A dirigente celebrou o aumento nos investimentos da modalidade, anunciou novidades sobre a base e aproveitou para alfinetar o Atlético-MG, que vive um momento difícil no futebol feminino.
Investimentos em alta
Em um cenário de crescimento, o Cruzeiro investirá R$ 10,5 milhões no futebol feminino em 2025, o que representa um aumento de R$ 2,5 milhões em relação ao ano anterior. Bárbara também revelou que a folha salarial do elenco subiu 50%, em um movimento para fortalecer ainda mais as Cabulosas.
— Reforço o que eu disse anteriormente. Todo aquele contexto criado com a fala do Pedrinho e do Mattos não condizia com a realidade das aprovações que eu estava tendo aqui internamente. Houve um aumento da folha salarial de atletas em 50%. Então isso foi autorizado, chancelado pelo presidente e entregue a caneta para a gente, numa extrema confiança de que ele sabe que a gente sempre procurará fazer o melhor para o Cruzeiro — afirmou Bárbara.
Para 2025, o Cruzeiro contratou 13 reforços e realizou o mesmo número de dispensas. O principal destaque da janela foi Isa Haas, zagueira da seleção brasileira, que se juntará a Vitória Calhau, também convocada frequentemente para a equipe nacional.
Base feminina sai do papel
Outro ponto destacado pela diretora foi a criação da base feminina, que já tem projeto aprovado e 30% dos recursos captados. Bárbara adiantou que um grande nome será anunciado para liderar o departamento, mas destacou que não será alguém diretamente ligado ao futebol.
— Vamos ter a base, certamente. Esse ano nós precisamos executar — garantiu a dirigente.
Crítica ao rival Atlético-MG
Bárbara também comentou sobre a situação delicada do futebol feminino do Atlético-MG, que foi rebaixado no Brasileirão A1 após somar apenas um ponto e eliminado na fase de grupos do Campeonato Mineiro. A diretora lamentou a ausência de uma rivalidade equilibrada na categoria.
— Um ponto até que me entristece muito, eu queria muito que o nosso rival estivesse em outro momento, vivendo o crescimento do futebol feminino, como a gente viu aqui no Cruzeiro. Realmente, não ter essa rivalidade competindo à altura é ruim para a gente, é ruim para o negócio.
A diretora ainda criticou a possibilidade de mudanças no regulamento do Brasileirão A1, que poderiam aumentar o número de clubes na competição para 20 times, beneficiando equipes rebaixadas, como o Atlético-MG.
— Se não estava previsto no regulamento, se a previsão era que as equipes que ficaram nos quatro últimos lugares seriam rebaixadas, isso deve ser cumprido. Independente se ali está o nosso rival ou não.
Com um projeto sólido e investimentos crescentes, o Cruzeiro demonstra estar comprometido em fortalecer o futebol feminino, enquanto observa o cenário local e nacional com ambição e visão de longo prazo.