Com o VAR sendo protagonista e uma arbitragem totalmente atrapalhada, o Brasil ficou no empate de 1 a 1 com o Equador, em partida realizada nesta quinta-feira no estádio Casablanca, em Quito, válida pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022.
As duas seleções voltam a campo na próxima terça-feira. Às 21h30min (de Brasília), o Brasil recebe no Mineirão, em Belo Horizonte, o Paraguai. Já o Equador vai ao Estádio Nacional de Lima, no Peru, para um confronto direto contra a seleção daquele país.
O JOGO
Pela necessidade de vencer para não se distanciar do grupo que briga por uma vaga na Copa, o Equador começou pressionando e, por muito pouco, não abriu o placar com Enner Valencia. Após falta batida pela esquerda, o camisa 13 subiu livre e testou firme. Para sorte dos brasileiros, a bola saiu pela linha de fundo, rente ao poste esquerdo da meta defendida por Allison.
A resposta canarinha veio aos cinco minutos e de uma forma letal. Coutinho bateu escanteio para Matheus Cunha cabecear. O goleiro Domínguez evitou o gol do centroavante, mas, no rebote, Casimiro, dividindo com um zagueiro equatoriano, estufou as redes.
Cinco minutos depois, Matheus Cunha foi lançado. Afoito, Domínguez deu um “golpe de Karatê Kid” no pescoço do camisa 7. Depois de consultar as imagens na tela do VAR, o árbitro colombiano Vilmar Roldán expulsou o arqueiro da seleção da casa. Para não ficar sem goleiro, o técnico Gustavo Alfaro tirou o meia Allan Franco, do Atlético-MG, para colocar Gallindez.
Aos 18, porém, Emerson Royal desfez a vantagem do Brasil ao fazer falta em Estupiñam e também receber cartão vermelho. Aos 28, em novo lançamento e bobeada de Thiago Silva, Allison afastou de pé esquerdo, mas acertou o rosto de Estrada. A princípio, o goleiro foi expulso, mas, graças à nova intervenção do VAR, acabou tendo a sua penalização mudada para um cartão amarelo.
Por conta das duas paralisações, o primeiro tempo teve um acréscimo de nove minutos, mas a melhor oportunidade antes do intervalo veio com Matheus Cunha. Depois de boa jogada de Vinícius Júnior, o centroavante finalizou rente à trave direita da meta do Equador.
Veio a segunda etapa e, logo aos dois minutos, em uma atrapalhada entre Allison e Daniel Alves, que entrou no lugar de Phillipe Coutinho, Estrada mandou para o fundo do gol, mas a bola já havia saído.
Aos 11, o grande protagonista da partida voltou a aparecer. Em um lance confuso, Vilmar Roldán assinalou pênalti de Raphinha em Estupiñam. Novamente chamado pelo VAR, o árbitro colombiano, depois de dois minutos de paralisação, voltou atrás e marcou bola ao chão em favor da Seleção Brasileira, gerando mais um revolta por parte dos equatorianos.
Com o tempo passando, o Brasil passou a apostar nos contra-ataques e, em um deles, Matheus Cunha, por muito pouco, não driblou o goleiro Galindez para fazer o segundo gol. O lance, no entanto, não mudou a postura da equipe e o castigo veio aos 29 minutos. Aproveitando escanteio batido pela direita e cochilada da zaga, Felix Torres testou firme. Allison ainda tentou, mas não conseguiu evitar o gol do Equador, para delírio da torcida presente ao Casablanca.
Quando tudo parecia definido, mais uma lambança da arbitragem. Em ataque do Equador, Allison deu um soco na bola, mas, na sequência, acertou a cabeça de Preciado. Totalmente perdido no lance, Vilmar Roldán marcou pênalti e, mais uma vez, deu cartão vermelho ao goleiro brasileiro. Novamente chamado pelo VAR, tornou a rever sua posição, anulou a segunda penalidade máxima em favor do Equador e, pela segunda vez, livrou o arqueiro da expulsão.
Ao final do compromisso, que mais pareceu um episódio do saudoso “Os Trapalhões”, o Brasil se manteve invicto nas Eliminatórias e, com 36 pontos, cada vez mais líder. Enquanto isso, o Equador, somando 24 pontos, acompanha o restante dos jogos dessa 15ª rodada para não perder a quarta posição, última que assegura uma vaga direta para a Copa do Mundo