Clubes, federações e a CBF cogitam que emissoras de rádio começem a pagar por direitos de transmissão de partidas de futebol dos principais torneios torneios nacionais. A discussão sobre a cobrança de emissoras de rádio pela transmissão de partidas de futebol no Brasil é antiga. Historicamente, reconhecia-se a importância do serviço prestado pelas rádios, permitindo-lhes acesso gratuito aos estádios para transmitir os jogos ao vivo. No entanto, nos últimos anos, essa situação tem mudado, com clubes e entidades esportivas buscando formas de monetizar essas transmissões.
Athletico-PR já cobra partidas como mandante
No ano passado, o Athletico Paranaense obteve uma decisão inédita da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, que reconheceu o direito do clube de cobrar das emissoras de rádio pela transmissão de suas partidas. Essa decisão foi vista como um marco, pois, até então, as rádios não pagavam pelos direitos de transmissão sonora dos jogos.
O clube argumentou que, com a evolução tecnológica e o aumento dos custos no futebol, era justo que as emissoras contribuíssem financeiramente pela exploração comercial das transmissões. Essa posição gerou debates acalorados entre clubes, emissoras e entidades representativas do setor.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP) manifestaram preocupação com a decisão, argumentando que ela poderia comprometer a viabilidade econômica de muitas rádios, especialmente as de menor porte. Essas entidades recorreram da decisão, buscando revertê-la em instâncias superiores.
EDITORIAL
A Rádio Sintonia Esportiva, assim como todos os veículos de rádio do Brasil, recebeu com surpresa e decepção as notícias de retorno da discussão sobre a possível cobrança de pagamentos de Direitos de Transmissão de Partidas de Futebol no Brasil. E assim como na primeira vez que estas notícias foram ventiladas, mais uma vez reiteramos nossa posição CONTRÁRIA A TODA E QUALQUER TAXA COBRADA POR CLUBES E/OU LIGAS CONTRA UM PATRIMÔNIO TOMBADO DO NOSSO PAÍS, COMO O RÁDIO.
O Rádio é o veículo de comunicação mais democrático do Brasil, onde há mais de um século presta serviço aos torcedores de futebol, e traz dinamismo, opinião e emoção que o futebol merece e proporciona a milhões de brasileiros das mais diversas gerações. O crescimento das Web Rádios e a oportunidade que tais emissoras oferecem à profissionais de comunicação que anseiam por uma chance de trabalhar no tão disputado jornalismo esportivo.
Web Rádios e emissoras presentes nas estações AM e FM dos quatro cantos do Brasil não proporcionam fundos para financiar os altos recursos pedidos para as grandes emissoras de rádio e emissoras de Televisão nacionais e multinacionais, quais ao longo do tempo, nunca fora um problema. Se a demanda está grande, a exigência deve ser feita aos grandes grupos bilionários e poderosos de comunicação, que não contratam narradores, comentaristas, repórteres, locutores e demais profissionais que poderiam suprir tal necessidade.
Estes tais donos de emissoras de rádio conseguem adquirir os direitos com altas cifras, os principais campeonatos de futebol do País, mas e nós? Colaboradores da Sintonia Esportiva, que estamos há quatro anos contando grandes vitórias do esporte nacional e internacional, apenas com a nossa determinação e sem remuneração?
Nosso universo da Web Rádio é democrático e diverso, será que querem destruir este universo somente para dar vantagem aos gigantes da mídia brasileira?