Nos últimos dias, com as grandes movimentações na janela de transferências envolvendo os clubes brasileiros, foi muito comum ouvir falar sobre como deveria existir o Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. Mas você sabe como funciona?
De forma resumida o Fair Play existe para que os clubes não gastem mais do que arrecadam. Os times precisam equilibrar as despesas no futebol, como as receitas de transmissão de televisão, contratações e pagamentos dos salários dos jogadores, ingressos e ações dos departamentos comerciais. O que é gasto em estádios, instalações de treinamentos e outros projetos voluntários está a parte. Com isso, o máximo que se pode gastar mais do que recebe é 30%.
Em 2010 a entidade que cuida do futebol na Europa, UEFA, criou o Órgão Financeiro de Clubes para controlar os times europeus. Sendo assim, eles devem fazer uma prestação de contas todo final de ano.
Basicamente, o objetivo do Fair Play Financeiro é evitar a grande lavagem de dinheiro dentro dos clubes. Além de evitar também que clubes menores se arrisquem em grandes investimentos.
Com a aplicação dessa nova regra há muitas formas de punições para os clubes que descumpri-las. Elas podem ser leves como multas e advertências ou severas, como proibições de transferências, proibição de inscrição de novos jogadores, perda de pontos em torneios, retenção de prêmios em dinheiro e restrição no número de jogadores que podem ser inscritos em torneios internacionais.
Fair Play Financeiro e PSG.
No dia 15/06/22 o presidente da La Liga, Javier Tebas, denunciou o clube francês e o Manchester City por supostas violações nas regras financeiras. O dinheiro do PSG havia sendo questionado principalmente após contratação do atacante Lionel Messi e a renovação do atacante Mbappé, que possui um dos salários mais altos do futebol mundial.
Essa deve ser pelo menos a terceira vez que a Uefa avalia de perto as despesas e receitas do clube francês. A primeira foi em 2014 quando o PSG aceitou a pagar 60 milhões de euros em multa em um ‘acordo de conciliação’ por descumprir regras fiscais. Agora em 2018, novamente o clube esteva em investigação por gastar mais de 400 milhões de euros para contratar Neymar e Mbappé.
