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Europeização do futebol brasileiro

Por

Gideão Souza

Foto: Instagram/Jorge Jesus

De acordo com a lexicologia e a semântica, áreas que estudam a formação das palavras e os sentidos que elas carregam, europeização descreve um processo de adoção de valores, práticas e modelos culturais ou institucionais vindos da Europa. Além disso, o termo aparece quando mudanças profundas reproduzem padrões europeus e, consequentemente, alteram comportamentos coletivos em diferentes sociedades.

O futebol sempre encontrou no Brasil sua versão mais criativa e, por isso, consolidou uma identidade própria. Desde o século passado, jornalistas e historiadores afirmam que praticamos o jogo mais belo do planeta. Nossa ginga e nossa capacidade de improvisar criaram uma identidade única e, assim, transformaram o país no grande berço do talento. Por essa razão, o Brasil se tornou o país do futebol. Essas previsões se cumpriram com o tempo e, portanto, reforçaram nossa fama mundial. O Brasil virou pentacampeão e revelou talentos que marcaram a história. Pelé, único tricampeão do mundo, nasceu aqui e, assim, eternizou nossa superioridade técnica. Nossa influência inspirou quem ama o Esporte Bretão e, ao mesmo tempo, moldou a forma como o mundo entende o jogo.

O domínio brasileiro e o avanço europeu

Porém, apesar dessa grandeza, o cenário atual passou por mudanças. O Brasil lidera como o maior exportador de jogadores de futebol entre 2020 e 2025. Foram 3.020 atletas expatriados segundo o CIES Football Observatory. A França ficou em segundo lugar com 2.293 jogadores. A Argentina apareceu em terceiro com 2.171 atletas. A pesquisa analisou 135 ligas profissionais em diversos países. Mesmo com esse domínio, nossa maneira de jogar e ver futebol parece enfraquecer.

Os europeus investiram muito na parte física e tática. Eles equilibraram forças com estrutura, ciência e método. O talento brasileiro continua especial, porém deixou de vencer sozinho. Ficamos atrás no preparo físico e na organização tática. O jogo mudou e o talento natural não basta mais.

A europeização do futebol brasileiro aparece dentro e fora das quatro linhas. Ela redefine comportamento, cultura e visão de jogo. O Maracanã, maior palco do futebol mundial, mostra isso com clareza. Placas pedem que torcedores assistam sentados. A proposta lembra estádios europeus. Tentam alterar até nosso jeito de torcer. Querem um ambiente silencioso e comportado, distante da festa brasileira.

Reprodução/Arquivo Pessoal. Cadeira do Maracanã com os dizeres para levantar somente na hora do gol.

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A revolução recente dos técnicos estrangeiros e das SAFs

A virada ganhou força em 2019 com a chegada de Jorge Jesus. O português apresentou números impressionantes no Flamengo. Foram 43 vitórias, 10 empates e apenas quatro derrotas. Conquistou o Brasileirão e a Libertadores com diferença de um dia. Iniciou 2020 com mais quatro títulos. Sua passagem mudou o pensamento do país.

Depois dele, outros técnicos ganharam espaço. Abel Ferreira se tornou o treinador mais vencedor da história do Palmeiras. Leonardo Jardim e Vojvoda também encontraram sucesso. Os clubes passaram por mudanças estruturais importantes. As SAFs avançaram como modelo europeu de gestão. O Botafogo viveu seu auge como SAF em 2024, sendo campeão brasileiro e da Libertadores.

Clubes adotam lógica europeia e alteram suas estruturas

O Flamengo seguiu a mesma linha e, portanto, ampliou sua conexão com modelos europeus. O clube contratou José Boto como diretor esportivo e, além disso, colocou Alfredo Almeida na direção esportiva da base. Ambos são portugueses e, por isso, reforçam a busca por uma lógica mais continental no departamento de futebol. O Cruzeiro também adotou esse caminho e, da mesma forma, consolidou uma gestão alinhada ao padrão europeu. O clube conta com Joaquim Pinto como diretor esportivo e, consequentemente, fortalece esse movimento de modernização estrutural.

Essa transformação atinge também a formação dos jovens e, desse modo, altera a essência do processo de desenvolvimento dos atletas. Djalminha afirmou que as categorias de base brasileiras priorizam força física em vez de habilidade, e essa habilidade sempre representou a marca do jogador brasileiro. Por isso, essa mudança gera preocupação entre ex-atletas e profissionais do futebol.

O país pentacampeão parece, portanto, reaprender a andar em pleno século XXI. A Europa virou referência para corrigir erros acumulados e, sobretudo, para reorganizar ideias que ficaram estagnadas. A Europeização do futebol brasileiro surge como um processo amplo e, ao mesmo tempo, inevitável para muitos analistas. Ela muda cultura, gestão, visão de jogo e identidade e, com isso, redefine quem somos no campo e nas arquibancadas. Trata-se de uma revolução profunda que mexe com nossa essência e, acima de tudo, questiona o futuro do futebol brasileiro.

Reprodução/Rivaldo. Brasil se consagrava o único país do mundo a ter 5 Copas.

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