Gianni Infantino mergulha em mais uma controvérsia internacional ao presentear Donald Trump com o prêmio inaugural da paz da Fifa. A entrega ocorreu durante o sorteio da Copa do Mundo de 2026, em Washington, e provocou imediata contestação da FairSquare, entidade que monitora transparência no esporte. A organização questiona a neutralidade política da Fifa e acusa Infantino de usar a estrutura da entidade para apoiar publicamente o ex-presidente dos Estados Unidos.
O gesto fortalece uma relação que cresce há anos. Infantino elogia Trump repetidamente e intensifica esse apoio durante eventos globais. A cerimônia do sorteio reforça essa aproximação e mostra um presidente da Fifa disposto a enaltecer um líder que desperta divisões profundas. A fala de Infantino durante o evento exemplifica esse alinhamento. Ele afirma que Trump merece reconhecimento mundial e garante que o apoiará sem hesitação.
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FairSquare cobra investigação e denuncia quebra de neutralidade
A FairSquare enviou uma carta ao comitê de ética da Fifa e, além disso, aponta violações diretas ao código da entidade. O grupo destaca que a criação do prêmio deveria passar pelo Conselho da Fifa e, portanto, argumenta que Infantino não possui autoridade para definir sozinho valores e diretrizes. A carta também reúne episódios recentes e, por isso, amplia o peso da denúncia. O documento cita publicações de Infantino no Instagram e, dessa forma, mostra como ele exalta Trump e incentiva apoio ao seu projeto político nos Estados Unidos.
O grupo afirma que Infantino cria um prêmio sem qualquer discussão interna e, consequentemente, utiliza a cerimônia para promover um líder político em atividade. A FairSquare sustenta que a prática afronta normas essenciais e, assim, ameaça a credibilidade da Fifa. Nicholas McGeehan, diretor da entidade, reforça que o problema vai além da simpatia de Infantino por Trump e, inclusive, envolve a estrutura de poder da própria Fifa. Ele afirma que a governança da entidade permite abusos de poder e, do mesmo modo, favorece decisões contrárias ao interesse global do futebol.
A controvérsia se amplia rapidamente porque envolve política, influência internacional e, sobretudo, a imagem da maior entidade esportiva do planeta. Além disso, o episódio reacende discussões sobre limites éticos e também sobre o papel de dirigentes que buscam protagonismo pessoal. Infantino segue defendendo suas escolhas e, ainda assim, mantém o tom elogioso. Críticos cobram mais transparência, equilíbrio e responsabilidade institucional e, consequentemente, pressionam a cúpula da Fifa. O caso permanece em análise e, portanto, exige uma resposta firme do comitê de ética.
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