Rosa Magalhães, renomada carnavalesca e símbolo da cultura carioca, morreu na noite da quinta-feira (25), aos 77 anos. De acordo com o portal g1, ela foi vítima de infarto. Com mais de 50 anos de carreira, ela é a maior vencedora do carnaval do Rio de Janeiro com sete títulos.
Ela começou sua carreira em 1970, como assistente, no Salgueiro, e em 1982, veio o primeiro título como carnavalesca a frente da escola Império Serrano. Mas foi na Imperatriz Leopoldinense que fez história, ao vencer cinco títulos nos carnavais de 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001.
O último título de Rosa veio pela Vila Isabel. E o último trabalho foi realizado no Paraíso do Tuiuti, conquistando um oitavo lugar. No desfile, como manda a tradição, ela veio no último carro da escola, e acenou para os foliões na Marquês de Sapucaí.
Rosa Magalhães trouxe o Samba para as Olimpíadas
Em 2016, Rosa Magalhães foi a responsável pela Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que aconteceu no Maracanã e foi marcada por referências à cultura brasileira. O destaque, no entanto, foi a maior utilização de músicas típicas do Norte e Nordeste do país. Na festa de abertura, as canções cariocas tomaram conta.
Referências culturais cariocas foram vistas logo no início da festa. Pessoas fantasiadas de araras azuis formavam pontos característicos do Rio de Janeiro, como os Arcos da Lapa, Cristo Redentor e o Ponto de Açúcar. No fim, elas se transformaram nos anéis olímpicos.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, prestou homenagem à carnavalesca, e lembrou que ela participou da cerimônia das Olimpíadas de 2016, no Rio.
“Perdemos uma das mentes mais brilhantes da nossa maior manifestação cultural. A história de Rosa Magalhães se confunde com a do próprio carnaval. De um jeito único, ela encantou a todos nós com sua capacidade de materializar sonhos na avenida e emocionar quem assistia. Uma verdadeira Imperatriz do samba, que deu a Leopoldinense inúmeras alegrias e títulos. Também deixou sua marca na Vila e na Império Serrano. Como pensar carnaval sem Rosa? Como esquecer bum bum paticumbum prugurundum? Como não cantarolar “que ti-ti-ti é esse” e não completar com “que vem da Sapucaí”? Tudo com a marca sem igual dessa mulher que dedicou sua vida ao carnaval e tanto contribuiu para o Rio, incluindo a cerimônia das Olimpíadas em 2016. Inesquecível, única e incomparável. Faça festa no céu, Rosa, porque aqui você será sempre lembrada!”