A Premier League aprovou recentemente a adoção do Squad Cost Ratio (SCR), um sistema que substituirá o antigo PSR e promete transformar a forma como os clubes administram suas finanças a partir da temporada 2026/27.
Diferentemente do modelo anterior, o SCR aplica uma regra mais direta: cada time só poderá destinar até 85% de sua receita operacional aos custos ligados ao futebol, incluindo salários, amortizações de transferências e comissão técnica.
Embora a mudança imponha desafios para boa parte da liga, o Manchester United surge como uma das equipes que mais se beneficiam do novo cenário. Isso porque, de acordo com análises financeiras atuais, o clube apresenta um dos índices mais equilibrados entre os 20 participantes da competição.
Atualmente, o United trabalha com um SCR estimado em cerca de 57%, um número bastante confortável e distante do limite imposto pela Premier League. Além disso, o clube aparece atrás apenas de Brighton e Tottenham, reforçando que sua folha salarial está longe da zona de risco que preocupa outras equipes.
Por outro lado, diversos adversários diretos operam próximos do teto, o que deve limitar investimentos no futuro. Essa diferença de cenário tende a ampliar a margem competitiva do United, sobretudo em janelas de transferências mais decisivas.
Os fatores que colocam o United em vantagem competitiva
Apesar de carregar contratos altos e contratações de peso, o Manchester United consegue sustentar uma estrutura financeira sólida. Isso acontece porque, ao longo dos últimos anos, o clube consolidou fontes de receita extremamente fortes, como:
- acordos globais de patrocínio,
- enorme audiência internacional,
- matchday entre os mais lucrativos da Europa,
- forte presença comercial em diversos mercados.
Consequentemente, mesmo competindo com gigantes como Manchester City, Arsenal e Liverpool, o United mantém uma relação custo/receita mais estável. Enquanto isso, clubes com orçamento mais limitado já operam perto do limite e precisarão se readequar imediatamente ao novo teto.
Impacto no planejamento de 2026 do United
SCR mira exclusivamente os gastos esportivos, deixando de lado receitas pontuais ou estratégias indiretas que antes ajudavam alguns clubes a contornar restrições. Dessa forma, equipes que dependem excessivamente da folha salarial enfrentarão maior pressão para reorganizar seus orçamentos.
No caso do Manchester United, a diretoria precisará:
- garantir crescimento contínuo das receitas,
- evitar negociações inflacionadas,
- controlar contratos elevados herdados de gestões anteriores,
- alinhar as decisões da INEOS ao novo teto da liga.
Ainda assim, o clube parte em vantagem. Seu índice atual permite reforçar o elenco sem correr riscos imediatos de penalidades, o que dá ao United uma das posições mais confortáveis entre os gigantes do futebol inglês.
Em resumo, o novo modelo financeiro da Premier League representa um divisor de águas. Contudo, enquanto muitos clubes precisarão se adaptar rapidamente, o Manchester United entra nesse novo ciclo com uma estrutura bem mais robusta e preparada.
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