Luto no esporte mundial. Após uma luta contra um câncer no cólon do intestino, faleceu, nesta quinta-feira, Édson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos. Ele estava internado desde o último dia 29 de novembro em virtude de uma infecção respiratória por conta da COVID-19 e para uma reavaliação do quadro de sua doença. A família ainda divulgou detalhes sobre o velório, mas o Santos, clube de seu coração e pelo qual surgiu para brilhar nos gramados, nos últimos dias, montou uma estrutura na Vila Belmiro para a vigília de torcedores, amigos e dirigentes. O velório acontecerá na cidade praiana do Estado de São Paulo.
Atleta do Século XX, Pelé se submeteu a uma intervenção cirúrgica no cólon intestinal em setembro de 2021. A partir de então, vinha sendo submetido a repetidas sessões de quimioterapia. No início desse ano, foram detectadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado. Na semana passada, o seu quadro apresentou uma “progressão do quadro oncológioco”, segundo o boletim divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde estava internado. Nos últimos dias, houve uma melhora, mas, nesta quinta, o estado de saúde do Rei voltou a piorar e, dessa vez, ele não resistiu.
Nascido em Três Corações, interior de Minas Gerais, o maior jogador de futebol de todos os tempos estreou na Seleção em 1957, numa partida da Copa Rocca contra a Argentina. Na ocasião, fez seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Pelo escrete canarinho, venceu as Copa do Mundo na Suécia, em 1958, quanto tinha apenas 17 anos, no Chile, em 1962 e no México, em 1970. Pelo Santos, conquistou dez vezes o Campeonato Paulista, torneio do qual foi o artilheiro por nove temporadas seguidas, bicampeão da Libertadores e do Mundial de clubes, em 1962 e 1963. Com a camisa branca do Peixe, marcou seu milésimo gol, contra o Vasco, no Maracanã, no dia 19 de novembro de 1969.
Em toda a carreira, marcou 1.282 gols em 1.364 partidas na contabilização feita pelo Alvinegro Praiano, Nas redes sociais, o Rei dizia ter feito um a mais.
Pelé deixa sete filhos e a esposa Márcia Aoki, sua companheira desde 2016. Do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, nasceram Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. Também é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, de seu relacionamento com a psicóloga Assíria Lemos, além de duas filhas fora de seus casamentos: Sandra Regina, que só obteve o reconhecimento da paternidade pela Justiça, morta em 2006, e Flávia.