Continente não sedia uma corrida há 31 anos, apesar de petições de Hamilton e Verstappen. País vai receber cerimônia de premiação da categoria nesta sexta-feira
Se a candidatura da África do Sul para voltar a receber corridas da F1 não foi adiante, o continente africano recebeu uma nova oportunidade com o pleito da Ruanda, encabeçado pelo próprio presidente Paul Kagame. O país da África Oriental sediará nesta sexta-feira a cerimônia de premiação da Federação Internacional do Automobilismo (FIA).
Ruanda está concorrendo para trazer a emoção das corridas de volta à África, sediando um grande prêmio de Fórmula 1. Agradeço muito a Stefano Domenicali (presidente da categoria) e a toda a equipe da F1 pelo bom andamento das nossas conversas até agora. Garanto que estamos encarando essa oportunidade com a seriedade e o compromisso que ela merece – declarou Kagame.
A pretensão do país é de construir uma pista nos arredores da capital Kigali, próximo de onde já está sendo erguido o novo aeroporto de Bugesera. O circuito está sendo desenvolvido com a ajuda de Alexander Wurz, ex-piloto da F1 que ainda atua como presidente da GPDA – a Associação de Pilotos de Grande Prêmio. Wurz também está conduzindo os trabalhos de uma nova pista na Arábia Saudita, cuja corrida deve deixar Jeddah a partir de 2029.
Mohammed ben Sulayem, presidente da FIA, tinha se reunido com o ministro do esporte de Ruanda, Richard Nyirishema, no início do mês.
– Estar aqui em Ruanda para um momento tão importante no calendário da FIA é um testemunho da força dessa nação, e em, particular de sua crescente influência no automobilismo. Estamos alinhados em nossos valores e objetivos, como inovação, sustentabilidade e segurança nas pistas, e estou ansioso por nossa parceria contínua. O futuro do automobilismo na África é brilhante – celebrou ben Sulayem
Apesar de seu status global, a F1 não corre na África desde 1993, data do último GP da África do Sul. O Circuito de Kyalami recebeu corridas da categoria entre 1967 e 1985, e em 1992 e 1993. O Autódromo Prince George também foi palco de etapas de 1960 a 1966.
Em novembro, os promotores do Circuito de Kyalami divulgou um comunicado oficial no qual detalha reuniões com Stefano Domenicali, presidente da F1, e o ministro de Esportes, Artes e Cultura, Gayton McKenzie. Os organizadores garantiram ter dado passos significativos nas reformas da pista sul-africana para receber o certificado de Grau 1 da FIA, necessário para sediar uma corrida da categoria.
Há três anos, Lewis Hamilton se manifestou a favor do retorno da F1 à África, posição ecoada em 2024 pelo tetracampeão Max Verstappen:
– Sim, acho que seria ótimo ter uma corrida em todos os continentes que existem. E sei que isso quase aconteceu mas não rolou. Então, sim, é claro, seria ótimo. Tenho certeza de que eles estão investindo muito tempo e dinheiro para que isso seja um sucesso, e para promover o país. – disse Verstappen.