A Seleção Brasileira enfrentou dificuldades significativas durante o empate contra a Colômbia, demonstrando problemas que vão além do resultado final da partida. A atuação no Levi’s Stadium em Santa Clara levantou preocupações para o técnico Dorival Júnior e sua comissão técnica, especialmente considerando o próximo confronto contra o Uruguai, que liderou a primeira fase da Copa América.
Dificuldades na Saída de Bola e Superioridade Colombiana
O Brasil mostrou dificuldades na saída de bola desde os primeiros minutos, sendo pressionado constantemente pela equipe colombiana. A Colômbia, liderada por James Rodriguez, conseguiu dominar o meio de campo e impediu que a Seleção Brasileira desenvolvesse seu jogo. Essa pressão resultou em várias bolas perdidas e passes longos, na tentativa de encontrar os pontas, especialmente Raphinha, que teve alguns bons momentos no primeiro tempo. O gol de falta de Raphinha foi um dos poucos momentos de brilho, mas não foi suficiente para garantir a vitória.
Os números das finalizações (13 a 7 a favor da Colômbia) refletem a superioridade dos colombianos, mas há aspectos do jogo que não são capturados pelas estatísticas, como a capacidade de controlar a posse de bola no campo ofensivo e a eficiência nos duelos individuais. Esses fatores evidenciam o quanto a Colômbia esteve mais próxima da vitória ao longo de toda a partida.
Problemas de Construção e Falta de Coesão no Meio de Campo
A Seleção Brasileira enfrentou problemas na construção de jogadas, com muitas bolas sendo recuadas para o goleiro Alisson devido à falta de opções de passe. A defesa brasileira frequentemente passava a bola de um lado para o outro, o que levou a erros que culminaram no gol de empate da Colômbia. Jogadores como Rodrygo, Paquetá e Bruno Guimarães não conseguiram manter a posse de bola ou criar jogadas significativas, dificultando a fluidez do jogo brasileiro.
A falta de coesão no meio de campo também foi evidente. A Colômbia, com um trio que atua no futebol brasileiro, conseguiu impor seu ritmo e dominar as ações. A proximidade de Richard Rios com James Rodriguez foi crucial para o desempenho colombiano, com Rios auxiliando nos avanços e controlando o meio de campo, algo que a defesa brasileira não conseguiu conter.
Alterações e Próximos Desafios
No segundo tempo, Dorival tentou mudar a dinâmica do jogo com substituições, trocando Paquetá por Andreas Pereira e inserindo Ederson, Savinho, Douglas e Endrick. No entanto, essas mudanças não surtiram o efeito desejado, e o Brasil continuou a enfrentar dificuldades na construção de jogadas, recorrendo a passes longos que raramente resultavam em oportunidades de gol.
O empate contra a Colômbia coloca a Seleção Brasileira em uma posição desafiadora para a próxima partida contra o Uruguai. A equipe precisará corrigir suas falhas, especialmente na saída de bola e na coesão do meio de campo, para enfrentar um adversário que mostrou força na primeira fase da Copa América. A partida contra o Uruguai no Allegiant Stadium, em Las Vegas, será crucial para as ambições do Brasil no torneio, exigindo uma melhoria significativa no desempenho da equipe.
A atuação contra a Colômbia serve como um alerta para a Seleção Brasileira. As falhas na saída de bola, a falta de coesão no meio de campo e a incapacidade de reter a posse de bola são questões que precisam ser abordadas com urgência. A comissão técnica terá que trabalhar intensamente para ajustar a equipe e prepará-la para os desafios que virão. A partida contra o Uruguai será um verdadeiro teste para a Seleção, que precisará mostrar um desempenho muito superior para avançar na competição.