Mesmo com a vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma em São Januário, o Vasco voltou a apresentar um futebol pouco consistente. A atuação do time de Fábio Carille acendeu o alerta de que, apesar do resultado positivo, a equipe ainda não demonstra sinais claros de evolução tática ou coletiva nesta nova temporada.
Análise tática e desempenho
O que se viu em campo foi um Vasco desconectado. A equipe não conseguiu controlar o jogo diante de um adversário tecnicamente mais limitado. O Criciúma chegou a dominar a posse de bola e apresentou uma organização tática mais clara, algo que expôs novamente as fragilidades da formação vascaína.
Fábio Carille, conhecido por priorizar a solidez defensiva, ainda não conseguiu implementar uma identidade ao time. O setor ofensivo continua dependendo demais de lampejos individuais, principalmente de Vegetti — autor dos dois gols da vitória — e de Payet, que tenta criar, mas encontra dificuldades pela desorganização ao seu redor.
O papel de Vegetti e o discurso da diretoria:
Se o resultado não foi catastrófico, o mérito vai para Vegetti. O argentino voltou a ser decisivo, mostrando frieza para marcar e evitar uma pressão ainda maior da torcida. No entanto, a dependência do centroavante se acentua, evidenciando a limitação criativa do elenco.
Fora de campo, a retórica da diretoria vai na contramão da realidade. O presidente Pedrinho afirmou que o elenco vascaíno é de G8, o que foi rebatido nas redes sociais por jornalistas como Fernando Campos. Em publicação recente, ele classificou o elenco como distante desse nível e destacou que as falas de Carille e Pedrinho soam como um “alinhamento institucional”, mas sem respaldo técnico.
Entre o alívio e a urgência:
A vitória, embora importante para amenizar a pressão, escancara a urgência por reforços e evolução. A torcida cobra postura e resultados, e não discursos institucionais que não encontram respaldo dentro de campo. Se quiser realmente sonhar com um campeonato mais tranquilo, o Vasco precisa mais do que gols de Vegetti — precisa de um time.