Neste domingo (23/02), o Estádio Olímpico do Pará – o popular Mangueirão – recebeu o primeiro Re-Pa de 2025. E o colosso do Benguí estava lotado, como manda o Clássico-Rei da Amazônia.
A tensão foi elevada ao máximo nesta partida, refletindo no placar que ficou em 1 a 1. Adailton marcou de pênalti aos 33 minutos após falta sofrida dentro da área por Felipe Vizeu, e o Leão vencia o jogo até os 50 minutos do segundo tempo. Mas, Giovanni acertou um petardo de longe no último minuto de jogo, empatando para o Papão.
Show de cores e mosaicos espetaculares marcam o Re-Pa 776
Meia hora antes da bola rolar, o duelo entre Remo e Paysandu começou entre as torcidas que cantaram a plenos pulmões e exibiram belíssimos mosaicos. Enquanto a torcida bicolor exibiu três mosaicos em sequência, que trocavam dinamicamente, exaltando o título paraense de 2024; a torcida azulina, por outro lado, exaltou o apelido que ganhou em 2005, o “Fenômeno Azul”, alcunha dada por ser a torcida de maior média de público daquele ano na Série C.
Mosaico da torcida do Paysandu no Re-Pa com os escudos do clube e o mascote Lobo. Foto: Léo Lods / Paysandu
Mosaico da torcida do Remo no Re-Pa com o apelido “Fenômeno Azul”. Foto: Samara Miranda / Clube do Remo
A Bola rolou assim
Com um início de primeiro tempo intenso, mas que fora perdendo o gás
A partida começou intensa, tanto Remo quanto Paysandu buscaram espaços para penetrar os oponentes. O Paysandu criou as chances mais claras da primeira etapa, com toques de bola rápidos e envolventes.
Matheus Vargas tentou um chute de média distância, mas desperdiçou. O Leão revidou com Dodô e Kadu, que quase marcaram no remate de fora da área. Após estes lances, por volta de 22 minutos, porém, o jogo começou a ficar travado e muito faltoso, onde o Remo não conseguia criar jogadas ofensivas, e contou com a individualidade de Kadu, que foi ineficiente.
Já o Paysandu buscou o o lado esquerdo do adversário, especialmente em cima do estreante Alan Rodríguez, que teve uma atuação discreta e ainda desperdiçou uma grande oportunidade ao errar um voleio. Rossi e Nicolas também não conseguiram converter as poucas chances criadas pelo time bicolor.
Antes de fechar o primeiro tempo, no entanto, houve uma pequena confusão no meio de campo, e o árbitro precisou apresentar quatro amarelos, para Pavani e Marcelo Rangel (Remo) Vilela e Nicolas (Papão). Assim, os primeiros 45 minutos encerraram sem gols.
Pavani recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalcará o Remo no próximo jogo contra o Cametá. O mesmo ocorreu com Leandro Vilela, que desfalcará o Papão na próxima rodada.
No Segundo Tempo, o jogo ficou mais aberto e os gols saíram
No segundo tempo, o Remo encontrou seu melhor momento na partida após mudanças estratégicas, mas o Paysandu se manteve resiliente até o último lance, arrancando um empate que fez explodir a torcida alvi-celeste no Mangueirão.
A equipe azulina ganhou novo fôlego, e aos 32 minutos, um erro de saída de bola da defesa do Paysandu foi aproveitada por Felipe Vizeu, que tentou driblar o goleiro próximo à pequena área, sendo derrubado. Adailton, que deu maior mobilidade ao ataque, cobrou o pênalti e abriu o placar com categoria, deslocando o goleiro Matheus Nogueira aos 33 minutos. O Leão parecia caminhar para uma vitória segura, mas o Papão não desistiu.
Quando o jogo já se encaminhava para o fim, no entanto, Giovanni arriscou de fora da área aos 50 minutos, e a bola desviou na defesa remista antes de enganar o goleiro Marcelo Rangel. O gol decretou o empate heroico do Paysandu, deixando a torcida bicolor em festa e frustrando os azulinos que já contavam com a vitória.
Leão e Papão voltam a campo por outras competições. O Remo vai a Roraíma enfrentar o GAS-RR na quarta-feira, dia 26, pela 1ª fase da Copa do Brasil. No mesmo dia, porém, o Paysandu encara o Manaus, na Arena da Amazônia, em jogo de volta das quartas da Copa Verde. A 8ª rodada do Parazão ainda não tem data definida pela Federação Paraense de Futebol.
O resultado mantém a disputa entre os rivais acirrada, reforçando o equilíbrio do clássico paraense. Veja os Melhores Momentos abaixo, com imagens da Rede Cultura de Comunicação:
Ficha Técnica
Local: Estádio Olímpico Mangueirão
Data: 23/02/2025
Árbitro: Paulo César Zanovelli Da Silva
- Árbitro assistente 1: Guilherme Dias Camilo (FIFA)
- Árbitro assistente 2: Fábio Pereira (MAS)
- Quarto árbitro: Wanbelton Lisboa Valente (CBF)
- Quinta árbitra: Nayara Lucena Soares (CBF)
- VAR: Rodrigo Nunes De Sá (FIFA)
- AVAR: Cleriston Clay Barreto Rios (MAS)
- Observador do VAR: Fernando José De Castro Rodrigues (CBF)
- Gerente de qualidade: Olivaldo José Alves Moraes (CBF)
Cartões Amarelos: Marcelo Rangel (Remo), Klaus (Remo), Marcelinho (Remo) e Giovanni Pavani (Remo); Quintana (Paysandu), Leandro Vilela (Paysandu), Juninho (Paysandu), Matheus Vargas (Paysandu) e Nicolas (Paysandu).
Gols: Adaílton 78′ (Remo); Giovanni 90’+5 (Paysandu)
Clube do Remo | 4-3-3
Marcelo Rangel; Kadu (Reinaldo), Rafael Castro, Klaus, Sávio; Alan Rodríguez (Marcelinho), Giovanni Pavani (Alvariño), Jaderson; Dodô (Adailton), Pedro Rocha (Pedro Castro) e Felipe Vizeu. Técnico: Rodrigo Santana
Paysandu | 4-3-3
Matheus Nogueira; Bryan Borges (Edilson Júnior), Quintana, Ramón Martínez, PK; Leandro Vilela (Juninho), Matheus Vargas, Marlon Douglas (Cavalleri); Rossi (Marcelinho), Borasi (Giovanni) e Nicolas. Técnico: Luizinho Lopes