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A Vez que Silvio Santos e o SBT “criaram” o Premiere da Globo em 1997

Canal pay-per-view só existe devido a tentativa de Senor Abravanel de acabar com o monopólio da líder de audiência

Por

João Oliveira

Foto: Reprodução

O ano era 1997 e a CBF e o extinto Clube dos 13 abriram um processo de licitação envolvendo as transmissões do Campeonato Brasileiro entre 1997-1999 e essa licitação ficou marcada pela tentativa de Silvio Santos (1930-2024) em revolucionar as transmissões de futebol no Brasil, trazendo o Brasileirão para o SBT. O que ele talvez não saberia é que essa investida mudaria os rumos do Futebol Nacional até os dias de hoje.

Era o fim dos anos 90 e o SBT vivia o seu ápice de popularidade se consolidando como a segunda maior emissora do país, perdendo apenas para a Rede Globo de Roberto Marinho (1904-2003). No cenário de mídia esportiva  o canal de Silvio também estava em um momento especial.

Em 1994, o SBT transmitiu a Copa do Mundo dos EUA onde o final todos nós sabemos; Brasil tetracampeão mundial. Aproveitando o sucesso da nossa seleção em gramados americanos,  a estação paulista compra os direitos de transmissão da Copa do Brasil em 1995. A competição não era tão lucrativa e atrativa para os clubes, porém a chegada do SBT trouxe um outro patamar para o torneio. A final daquele ano entre Corinthians x Grêmio deu até aquele momento, a maior audiência da história da emissora, atingindo 42 pontos no IBOPE de São Paulo-SP. Além da Copa do Brasil, o SBT também exibiu e ajudou na popularizando da Fórmula Indy no Brasil, com o nome de ‘Fórmula Mundial’.

A licitação: disputa acirrada e bastidores tensos

A licitação dos direitos de transmissão para o triênio 1997–1999 foi anunciada pela CBF com expectativa de atrair diversas propostas, tanto para TV aberta quanto para TV a cabo e pay-per-view. A concorrência gerou grande interesse das principais emissoras do país, incluindo Globo em um consórcio com a Band, SBT e até a Record.

Silvio Santos enviou sua proposta, sendo maior que a da Globo/Band, que tinha a preferência da renovação do contrato. Além da oferta financeira o SBT garantiu que teria um canal exclusivo na TV paga para a exibição dos jogos. A Globo podia cobrir a proposta do SBT e garantir os direitos por mais três anos. E foi exatamente isso que aconteceu: a Globo cobriu a oferta do SBT e ganhou a licitação e criou o ‘Premiere Esportes’ o atual Premiere, um canal pay-per-view que mostra as partidas do Brasileirão até hoje.

A derrota gerou um certo desânimo por parte de Silvio, e fez com que, aos poucos, o projeto esportivo do SBT acabasse. A emissora mostrou jogos da Copa do Mundo de 1998 na França, junto com a Globo, Band, Record e a saudosa TV Manchete e ficou com a Copa do Brasil até esse ano, já tendo que dividir espaço com o ‘plim-plim’, inclusive por muitas vezes as transmissões do torneio entravam já no segundo tempo por conta do espaço dado ao ‘Programa do Ratinho’ que era uma novidade na grade em 1998. O SBT voltou de forma repentina em 2003, comprando os direitos do Campeonato Paulista, que rendeu outra dor de cabeça com a Globo.

A proposta da emissora carioca venceu, consolidando sua hegemonia na transmissão do futebol nacional. Estima-se que o contrato tenha girado em torno de R$ 50 milhões por ano — um valor recorde à época. Parte dessa quantia foi repassada aos clubes, que, apesar de não participarem diretamente do processo licitatório, pressionaram para garantir maior fatia da arrecadação.

Reações e consequências

A vitória da Globo foi recebida com críticas e elogios. Para os defensores, a emissora oferecia a melhor estrutura e garantia de audiência. Para os críticos, o processo, embora formalizado como licitação, ainda refletia o poder de influência da Globo sobre o futebol brasileiro.

Além disso, a distribuição desigual da receita entre os clubes gerou descontentamento, especialmente entre as equipes menores, que viam os times de maior torcida (como Flamengo, Corinthians e São Paulo) receberem parcelas maiores dos valores envolvidos. A partir daquele momento, o Brasileirão se consolidou como um produto televisivo de alto valor. A licitação de 1997 abriu caminho para negociações cada vez mais milionárias nos anos seguintes e foi o ponto de partida para a profissionalização da gestão dos direitos de transmissão no futebol nacional.

Um marco histórico

Vinte e oito anos depois, a licitação de 1997 é lembrada como o início de uma nova era. O futebol brasileiro, que antes era dominado pelos bastidores e informalidades, deu um passo em direção ao modelo de negócio moderno, baseado em contratos, licitações e direitos de imagem.

Se para os clubes o caminho ainda é desigual, para o torcedor aquele ano marcou a consolidação da “era do futebol na TV” — um fenômeno que moldou hábitos, rivalidades e paixões em todo o país.

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