Depois da oficialização de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira, a CBF negocia um jogo de exibição entre o Brasil contra o Real Madrid, equipew atual do italiano. Segundo o jornalista Lauro Jardim do jornal ‘O Globo’ o amistoso será uma despedida de Ancelotti dos Merengues e uma espécie de “passagem de bastão”. Quem está nos bastidores costurando os detalhes da partida, é o advogado e empresário Diego Fernandes que intermediou o acordo entre Ancelotti e Seleção.
Com a aproximação do empresário durante as negociações pela contratação com o novo treinador da Canarinha, Diego sugeriu a proposta inédita de fazer um jogo entre a seleção contra o time espanhol, como forma de homenagem ao técnico espanhol. Apesar dos desafios logísticos e do calendário apertado, com a quantidade de jogos que haverá até o final do ano, a ideia foi recebida com entusiasmo por todos os envolvidos.
Ao longo do século XX, principalmente entre as décadas de 1950 e 1970, era comum ver a Seleção enfrentando clubes como parte da preparação para grandes competições ou durante excursões internacionais. Esses jogos, que mesclavam caráter amistoso com forte carga simbólica, permitiam que a equipe testasse formações, experimentasse atletas e, muitas vezes, encantasse o público local.
Um dos exemplos mais emblemáticos ocorreu em 1969, no Estádio do Maracanã, quando a Seleção Brasileira enfrentou o Santos de Pelé em um amistoso de alto nível. O encontro foi tratado quase como um “choque de seleções”, já que o clube paulista contava com uma base que servia à própria equipe nacional. O duelo foi mais do que uma preparação para a Copa de 1970: foi um espetáculo à parte para os torcedores.
Ainda naquele período, clubes como Atlético-MG, Cruzeiro, Bangu, Portuguesa e até combinados de jogadores foram adversários da Seleção em partidas realizadas em território brasileiro. O objetivo era dar ritmo de jogo e observar alternativas táticas em um tempo em que não havia tantos jogos internacionais agendados.
Além dos confrontos domésticos, a Seleção também encarou clubes europeus e sul-americanos em excursões. Entre eles, equipes tradicionais como o Barcelona, o Benfica e o River Plate enfrentaram o Brasil em jogos de exibição que serviram como vitrine do talento nacional em solo estrangeiro.
Com a evolução do futebol moderno, a profissionalização dos calendários e o aumento dos compromissos comerciais e televisivos, essas partidas praticamente desapareceram. A última vez que o Brasil enfrentou um clube foi em 1989, em um amistoso contra o Vasco da Gama, como parte dos preparativos para a Copa América.