A temporada de 2025 do Boca Juniors ficou muito aquém das expectativas. O clube acumulou eliminações precoces, resultados decepcionantes e uma campanha vexatória no Mundial de Clubes. Diante disso, a diretoria decidiu agir. Sob a liderança de Juan Román Riquelme, o Boca já iniciou uma ampla reformulação no elenco e pretende renovar completamente o grupo para 2026.
De acordo com o Clarín e o TyC Sports, Riquelme planeja dispensar pelo menos sete jogadores. Além disso, dois veteranos já deixaram o time durante a temporada: Marcos Rojo, que se transferiu para o Racing, e Sergio Romero, que negocia com o Argentinos Juniors.
Fim de ciclo para nomes históricos
Entre os atletas mais experientes, Frank Fabra simboliza o fim de uma era. O lateral colombiano, de 34 anos, está há nove temporadas na Bombonera e conquistou nove títulos com o clube. Entretanto, o contrato termina em dezembro e não será renovado. Assim, Fabra deve se despedir da torcida xeneize no fim do ano.
Da mesma forma, Cristian Lema, Ignacio Miramón e Javier García também deixarão o elenco. O zagueiro Lema, de 35 anos, não atuou em 2025 e perdeu espaço. Miramón, emprestado pelo Lille, somou apenas 100 minutos em campo e não será comprado. Já o goleiro García, de 38, dará lugar a nomes mais jovens, conforme a diretoria busca renovar o grupo.
Jovens sem espaço também devem sair
Além dos veteranos, o Boca pretende liberar jogadores que tiveram pouco destaque. Lucas Janson, ponta de 22 anos com apenas seis jogos, dificilmente permanecerá. Agustín Martegani, meia de 25 anos, disputou apenas duas partidas e também será negociado. Kevin Zenón, de 24, que defendeu a Argentina na Olimpíada de 2024, perdeu espaço e deve seguir o mesmo caminho.
Paralelamente, Exequiel Zeballos, atacante de 23 anos formado nas categorias de base, pode ser vendido. Embora tenha ultrapassado a marca de 100 jogos pelo clube, ele nunca se firmou. A diretoria entende que chegou o momento de buscar novos ares e aproveitar o potencial de mercado do jogador.
Ano de fracassos e pressão crescente
A crise no Boca Juniors não surgiu por acaso. A equipe começou o ano sendo eliminada ainda na pré-Libertadores, em plena Bombonera, pelo Alianza Lima. Logo depois, caiu nas quartas de final do Torneio Apertura. Posteriormente, amargou uma campanha desastrosa no Mundial de Clubes, sendo eliminada na fase de grupos após empatar com o semiprofissional Auckland City.
Como se não bastasse, o time se despediu da Copa Argentina antes das oitavas de final, ao perder para o modesto Atlético Tucumán. Consequentemente, a pressão da torcida aumentou, e o ambiente interno ficou cada vez mais pesado. Atualmente, o Boca é o quarto colocado do Grupo A no Torneio Clausura e, portanto, ainda briga por uma vaga no mata-mata.
Recomeço após o fim de um ciclo
Em meio às turbulências, o clube também enfrentou um duro golpe fora de campo. O técnico Miguel Ángel Russo faleceu no dia 8 de outubro, aos 69 anos, vítima de um câncer de próstata. Ainda assim, a diretoria pretende manter parte da estrutura técnica e redefinir os rumos da equipe.
Assim, a reformulação surge como resposta à necessidade de rejuvenescimento e à busca por resultados mais consistentes. O Boca pretende montar um elenco mais competitivo e dinâmico, capaz de devolver o protagonismo que o clube perdeu nos últimos anos.
Jogadores que podem deixar o Boca Juniors:
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Marcos Rojo (contrato até 12/2025)
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Sergio Romero (contrato até 12/2025)
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Frank Fabra (contrato até 12/2025)
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Luis Advíncula (contrato até 12/2026)
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Exequiel Zeballos (contrato até 12/2026)
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Cristian Lema (contrato até 12/2025)
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Javier García (contrato até 12/2025)
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Lucas Janson (contrato até 12/2027)
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Agustín Martegani (contrato até 12/2028)
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Esteban Rolón (contrato até 12/2025)
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Ignacio Miramón (empréstimo até 12/2025)
- Marcelo Saracchi (contrato até 12/2027)
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