A FIFA recebeu oficialmente as manifestações de interesse de Brasil e Espanha para sediar a edição de 2029 da Copa do Mundo de Clubes. As primeiras reuniões entre a entidade e representantes das duas confederações nacionais já foram realizadas, abrindo o processo que definirá o país anfitrião da segunda edição do torneio no formato ampliado.
A candidatura brasileira tem como foco aproveitar o sucesso do novo modelo da competição, que estreia neste ano, em 2025, com 32 clubes. O país busca reafirmar sua posição de destaque no futebol mundial e se apoiar na estrutura deixada pela Copa do Mundo de 2014 e outros grandes eventos recentes. Além disso, o Brasil também será sede da Copa do Mundo Feminina em 2027, reforçando sua capacidade de organização.
Do lado europeu, a Espanha deseja utilizar o torneio como um teste para a Copa do Mundo de Seleções de 2030, que será dividida entre Espanha, Portugal e Marrocos. A ideia é antecipar ajustes operacionais em estádios e na logística do evento principal.
No entanto, a FIFA esclareceu que não há obrigatoriedade de que a Copa do Mundo de Clubes ocorra no mesmo país que sediará o Mundial de Seleções. A entidade pretende avaliar os projetos de forma independente, considerando aspectos técnicos, comerciais, de infraestrutura e o impacto global do torneio.
Caso o Brasil seja escolhido como sede, terá direito a uma vaga extra na competição, provavelmente destinada ao campeão do Campeonato Brasileiro de 2028. Além disso, os vencedores da Copa Libertadores entre 2025 e 2028 estarão automaticamente classificados, assim como dois clubes definidos com base no ranking da Conmebol.
A edição de 2029 está prevista para ocorrer entre junho e julho, com 32 participantes, mantendo o formato adotado a partir de 2025. Ainda assim, a FIFA estuda a possibilidade de ampliar o número de clubes para 48, seguindo a linha de expansão que será aplicada à Copa do Mundo de Seleções a partir de 2026.
A decisão final sobre a sede deve ser anunciada até 2026. Até lá, Brasil e Espanha seguirão apresentando seus projetos à FIFA, em uma disputa que promete ser estratégica para o futuro do futebol mundial.