O Fluminense fez o “L” duas vezes e uma obra de arte na noite desta quarta-feira. Com uma bela atuação de German Cano e um gol antológico de Luiz Henrique, o Tricolor saiu em vantagem no confronto de ida da terceira fase da Taça Libertadores da América. Jogando no Nilton Santos, derrotou o Olimpia por 3 a 1.
Com esse resultado, a equipe dirigida por Abel Braga pode até perder por um gol de diferença na partida da quarta que vem, às 21h30min (de Brasília), no Defensores Del Chaco, em Assunción, que se garante na fase de grupos da Libertadores. Já o Olimpia necessita, para se classificar de forma direta, de vitórias por, no mínimo, três gols de diferença. Caso vença por dois gols, independente do placar, uma vez que o gol fra de casa não é mais critério de desempate, levará o duelo aos pênaltis.
Antes dos paraguaios, o Flu, campeão antecipado, encerra sua participação na Taça Guanabara, turno classificatório do Campeonato Carioca, no próximo sábado, às 16 horas (de Brasília), no Elcyr Resende, em Bacaxá, distrito de Saquarema, diante do Boavista.
O JOGO
Com o retorno do esquema de três zagueiros (Nino, David Braz e Felipe Melo) e o trio de ataque formado por Luiz Henrique, German Canoe William Bigode, o Fluminense não deu qualquer tipo de oportunidade ao Olimpia nos primeiros minutos do jogo. Tanto domínio acabou sendo premiado aos 12 minutos. Depois de escanteio batido por Yago Felipe pela direita, Luiz Henrique escorou na primeira trave, desmontou toda a defesa do Olimpia, permitindo a chegada de German Cano pelo lado oposto. Sem marcação, o camisa 14 não teve qualquer trabalho para estufar as redes.
Apesar da vantagem, o Flu seguia controlando a partida, mas, aos 17, em uma bobeada gigantesca de Fábio (o goleiro errou, de forma bisonha, uma saída de bola), Dérlis González igualou para os paraguaios. A partir daí, a equipe carioca se descontrolou e, por muito pouco, em outra tentativa de González, os paraguaios não viraram o marcador.
Antes do fim da etapa inicial, William Bigode poderia ter recolocado o Fluminense em vantagem ao receber de Luiz Henrique, mas chutou fraco, desperdiçando a chance.
No intervalo, o técnico Abel Braga, buscando dar mais movimentação ao setor de meio-campo, sacou Yago Felipe e, em seu lugar, colocou Martinelli, que, praticamente no seu primeiro lance, teve participação importante no segundo gol tricolor ao lançar Luiz Henrique pela direita. O camisa 11 fez, então, a sua obra digna dos grandes artistas do futebol. Ele recebeu, driblou três zagueiros e, de pé esquerdo, chutou de curva, marcando um golaço.
Ao retormar a dianteira da partida, o Fluminense também recuperou a confiança e, aproveitando-se do fato de o Olimpia buscar um novo empate, passou a explorar os contra-ataques. Em um deles, aos 17, William Bigode recebeu do lado direito e finalizou. O goeliro paraguaio espalmou e, na sobra, com o gol vazio, Germán Cano só empurrou para definir o placar.
No final, os mais de 31mil presentes ao Nilton Santos saudaram o time, que alcançou a 12ª vitória seguida na temporada e está a um jogo de igualar o feito de 1919. Naquela ocasião, o Flu venceu 13 partidas oficiais de forma consecutiva, recorde na sua história