Amanhã o Corinthians enfrenta a equipe do Água Santa pela 3ª rodada do Campeonato Paulista ás 19h30 na Neo Quimica Arena.
O elenco se apresentou na tarde de ontem para abrir a semana de trabalhos. No CT Dr. Joaquim Grava, o elenco do Timão iniciou as atividades a fim de se preparar para a sequência do Paulistão contra a equipe de Diadema, com os atletas que jogaram mais de 45 minutos na vitória por 2 a 1 sobre o Velo Clube realizaram um trabalho regenerativo na parte interna do CT. Os demais jogadores foram ao campo após uma ativação na academia. Depois do aquecimento, a comissão técnica aplicou um exercício tático dividido por setores, separando sistemas ofensivo e defensivo em dois campos. Uma atividade tática de enfrentamento também foi aplicada.
A equipe corinthiana encerra a preparação para encarar o Água Santa na tarde desta terça-feira. Dentro de Campo, o Cornthians vive uma fase extraordinária: são onzre vitórias seguidas intercalando as temporadas 2024 e 2025. A última derrota do avinegro aconteceu no dia 31 de outubro do ano passado, quando o Timão perdeu para o Racing da Argentina no jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana. Desde então, mais precisamente desde 4 de novembro após vencer o arqui-rival Palmeiras por 2 a 0 no Brasileirão o clube vem vencendo todos os seus adversários.
Porém fora das quatro linhas, a situiação beira o caos. Na noite de ontem o Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu na sede social no Parque São Jorge para votar o processo de impeachment do prsidente do clube Augusto Melo. A votacão foi marcada por muita tensão. Depois de cinco horas e meia e uma votação prévia pela admissibilidade do pedido, os conselheiros do clube optaram por encerrar o encontro e remarcá-lo para outra data. Horas antes do início da reunião no Parque São Jorge, a defesa de Augusto Melo entrou com um novo pedido de liminar na Justiça pedindo o efeito suspensivo do encontro. No entanto, o juiz Erasmo Samuel Tozetto manteve o indeferimento por entender que a convocação da votação respeita o estatuto do Corinthians.
Como já havia ocorrido em dezembro, na votação que acabou cancelada minutos antes do início, as torcidas organizadas do Corinthians marcaram presença na entrada do clube para fazer pressão nos conselheiros. O grupo é contrário ao impeachment e, portanto, apoia Augusto Melo. Os torcedores organizados levaram sinalizadores, cartazes cobrando o conselheiro e ex-diretor de futebol Rubens Gomes, o Rubão, e faixas em referência ao grupo de oposição ‘Renovação e Transparência’, que tem como membros os ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Quando a reunião foi reiniciada, Tuma abriu votação pela admissibilidade do pedido de impeachment, uma espécie de pré-votação. Os conselheiros foram chamados nominalmente e, um a um, depositaram as cédulas na urna. No fim, Augusto Melo teve uma derrota apertada com 126 votos a favor da admissibilidade contra 114. Quando a segunda reunião seria iniciada, o Conselho optou em suspender a reunião por entender que não havia garantia da segurança dos presentes. Na prática, Melo segue na presidência do Timão, porém ainda correndo o risco de ser afastado do cargo por suspeita de irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet, infração da Lei Geral do Esporte e desrespeito ao estatuto do clube.
“O que prejudica é um presidente do Conselho igual ao Romeu Tuma, um cara completamente parcial que está trabalhando para eles, advogando em causa própria. Um cara que não deixou a gente se defender, um ditador. Está na hora disso acabar, o Corinthians está nessa situação porque tem um cara desse presidindo o Conselho. Esse cara não tem mais condições, não tem moral nenhuma para presidir o Conselho. Temos que fazer algo, esse cara não tem mais condições. Meus advogados vão cuidar disso – esbravejou Augusto Melo ao comentar o desenrolar das mais de cinco horas de reunião do Conselho Deliberativo do Timão.
“Ele (Romeu Tuma) não deu chances para um monte de coisas, foi ditador em todos os sentidos. Aliás, a confusão teve porque ele mesmo advogou, comentou e julgou. Não deu direito da gente comentar. Aí virou tumulto, é um ditador. Ele não tem mais moral, condição emocional e competência para dirigir o Conselho. Tem que entrar com a destituição dele.”