Antes de tudo, a crise que a arbitragem brasileira passa infelizmente, não é algo novo. Ao longo dos anos, quem acompanha futebol sabe que, uma hora ou outra, seu time vai ser beneficiado por alguma marcação duvidosa ou será prejudicado. Claro, alguns times com mais benefícios do que malefícios, mas isso não vem ao caso, pelo menos por enquanto.
Em 2023, após a memorável partida entre Botafogo x Palmeiras pela 31ª rodada do Brasileirão, John Textor, dono do clube carioca, entrou em campo após a partida e, com muita convicção, afirmou que seu clube havia sido prejudicado pela arbitragem de Bráulio da Silva Machado. Apenas para contextualizar: no jogo, Bráulio acabou expulsando Adryelson, zagueiro do Botafogo, em uma jogada que, para muitos, o cartão amarelo seria suficiente. O jogo terminou 4 a 3 para equipe paulista. Depois disso, o Botafogo protagonizou um dos maiores vexames da história dos pontos corridos, perdendo um campeonato em que chegou a abrir 13 pontos para o vice-líder, Palmeiras, que levou a taça para a cidade de São Paulo.
Passados dois anos do protesto do norte-americano, hoje vivemos mais uma crise na arbitragem brasileira. Somente na última rodada, podemos contar pelo menos três escândalos protagonizados no campeonato nacional. Os dois primeiros no sábado, nas partidas entre Bragantino e Grêmio, e no jogo entre Internacional e Botafogo.
No primeiro jogo citado, o árbitro Lucas Casagrande foi capaz de marcar um pênalti em que o jogador do Grêmio não poderia estar com o braço mais bem colocado: junto ao corpo. A bola explodiu no marcador do clube gaúcho e, mesmo assim, o juiz marcou a penalidade. Fim de jogo: 1 a 0 Bragantino.
No outro jogo, também no sábado, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza e o VAR ignoraram por completo o abraço que Mercado, zagueiro do Inter, deu dentro da grande área no atacante Arthur Cabral. O VAR sequer chamou o juiz para averiguar o lance com mais atenção.
O último grande erro da rodada aconteceu no clássico paulista entre São Paulo e Palmeiras. O São Paulo vencia o jogo por 2 a 0 quando Allan, jogador do Palmeiras, derrubou Tapia dentro da área. O árbitro Ramon Abatti Abel ignorou por completo o lance e seguiu, de forma errada, o jogo. É verdade que o jogador do Palmeiras escorregou, mas isso não anula o fato de que o pênalti existiu. Após isso, o Palmeiras diminuiu com Vitor Roque, empatou com Flaco López e virou com Sosa. São Paulo 2 x 3 Palmeiras. A vitória deu a liderança ao Palestra, já que o Bahia derrotou o então líder Flamengo, na Fonte Nova.
A CBF afastou os árbitros Lucas Casagrande, Ramon Abatti Abel e seus respectivos auxiliares. A verdade é que, enquanto não houver profissionalização da arbitragem brasileira, os clubes serão reféns de péssimos trabalhos e a torcida continuará sendo feita de boba pelos apitadores.
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