Durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior, é comum que atletas sofram com o nervosismo por conta da competição. A psicóloga Nathalia Anselmo, do Botafogo F.R., conta que o trabalho psicológico auxilia os atletas a performarem melhor durante as competições. Nathalia pontua que a ansiedade não patológica é normal em atletas, principalmente em períodos competitivos. Essa ansiedade, aliada à adrenalina, dá ao jogador uma sensação de alerta constante durante os jogos, que é vista como fundamental para ter alto rendimento.
Além disso, Nathalia reflete que a pressão exercida contra o atleta, seja da mídia, treinador ou da família, age como fator estressante, tendo consequência no seu rendimento profissional. Fora que, se frequente, esses fatores fazem com que o atleta perca seu nível de motivação, sendo ainda mais importante a realização de atividades psicológicas para reduzir esse problema. Segundo a psicóloga, todo trabalho realizado pelo departamento de psicologia é feito de forma tanto individual quanto coletiva, assim como seus resultados obtidos.
‘’É muito importante que os atletas tenham esse processo educativo, de conhecer algumas pautas e de se autoconhecer, que eu acho fundamental pra melhoria desse atleta de forma geral, tanto físico quanto mental.’’ – finaliza Nathalia.
FRUSTRAÇÃO – FORA DA COPINHA
Porém, não são todos os atletas atuantes no Brasil que participam da Copinha: como exemplo, o Criciúma. Para disputar a Copinha, os times catarinenses deveriam ser semifinalistas do Estadual sub-20, à exceção do Avaí, que recebeu um convite da Federação Catarinense. Com isso, os atletas do Tigre ficaram fora da Copa São Paulo. A psicóloga do clube, Francinéli Becker, pontua que os jogadores ficaram tristes pela situação, mas utilizam disto para tirar um aprendizado e não repetir o erro.
”Aprender com os erros e melhorar a cada dia, são características importantes para atletas que buscam a alta performance esportiva.” – comenta a psicóloga.
Conforme Francinéli, os atletas também procuram os psicólogos afim de desenvolver habilidades importantes para jogos e competições. Desse modo, estão a manutenção da confiança durante o jogo e como lidar com um erro em um momento importante do jogo, como um pênalti perdido.
Além disso, Becker comenta que é importante para o atleta ter acompanhamento psicológico desde cedo. Em consequência disso, o jogador pode ter mais êxito nas suas escolhas profissionais, além de conseguir lidar melhor com situações de frustração e suas emoções. A psicóloga finaliza a fala refletindo que, principalmente na base, o atleta deve ter ciência que seu tempo também gira em torno de estudos e tempo de lazer, e não somente no esporte.