A Federação de Basquete dos Estados Unidos deve anunciar, nos próximos dias, Erik Spoelstra como novo técnico da seleção masculina. De acordo com informações da ESPN e do jornalista Shams Charania, o treinador do Miami Heat sucederá Steve Kerr no comando do Team USA para o ciclo olímpico que inclui a Copa do Mundo de 2027, no Catar, e os Jogos de Los Angeles, em 2028.
Antes de tudo, vale lembrar que Spoelstra já integrava a comissão técnica da equipe campeã olímpica em Paris-2024, atuando como assistente principal. Nesse sentido, sua promoção dá continuidade à política da USA Basketball de preparar futuros técnicos dentro do próprio sistema. Steve Kerr, por exemplo, havia sido auxiliar de Gregg Popovich antes de assumir o cargo. Agora, passará o bastão ao treinador do Heat.
Continuidade e cultura vencedora
Desde a derrota em Atenas 2004, os Estados Unidos reformularam completamente sua estrutura no basquete internacional. Sob o comando de nomes como Mike Krzyzewski, Gregg Popovich e Steve Kerr, a seleção construiu uma cultura baseada em disciplina, união e excelência. Assim, Spoelstra — bicampeão da NBA e técnico mais longevo em atividade na liga — deve manter essa filosofia.
Atualmente, o treinador soma mais de 780 vitórias em 17 temporadas à frente do Miami Heat. Ele conquistou dois títulos da NBA (2012 e 2013) e levou a franquia a outras quatro finais (2011, 2014, 2020 e 2023). Além disso, é o quinto técnico com mais vitórias em playoffs na história e o maior vencedor da história do Heat.
Desafio e renovação
Dessa forma, Spoelstra terá o desafio de conduzir o país rumo ao sexto ouro olímpico consecutivo — e o primeiro em casa desde 1996. Contudo, a seleção deve passar por uma profunda renovação. LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant, pilares da geração atual, terão mais de 40 anos em 2028 e dificilmente disputarão os Jogos de Los Angeles.
Por outro lado, há boas chances de retorno de nomes como Bam Adebayo, Jayson Tatum, Anthony Davis e Devin Booker — todos campeões olímpicos em Paris. Além disso, jovens talentos como Paolo Banchero, Cade Cunningham, Chet Holmgren e o novato Cooper Flagg podem estrear em 2028, simbolizando a transição para uma nova era do basquete norte-americano.
Histórico e perspectiva
Em Paris-2024, os Estados Unidos conquistaram o ouro ao derrotar a França por 98 a 87, conquistando a 17ª medalha dourada da história olímpica do país. Logo após o torneio, Grant Hill, diretor da federação, iniciou o processo de sucessão que agora culmina na nomeação de Spoelstra.
Portanto, a USA Basketball chega ao quarto ciclo olímpico seguido com um novo comandante — Mike Krzyzewski em 2016, Gregg Popovich em 2021, Steve Kerr em 2024 e, agora, Erik Spoelstra em 2028. Ainda não se sabe quem comporá sua comissão técnica, mas espera-se que o grupo mantenha o mesmo padrão de excelência que marcou as últimas campanhas.
Seleção feminina também tem nova técnica
Por fim, a federação confirmou que Kara Lawson, treinadora da Universidade de Duke, será a nova técnica da seleção feminina. Assim, ela comandará a equipe durante todo o ciclo até os Jogos Olímpicos de Los Angeles.
Em suma, a nomeação de Erik Spoelstra representa a continuidade de um projeto de longo prazo, que combina tradição, preparo e renovação. Agora, o treinador filipino-americano terá a missão de manter o domínio dos Estados Unidos no cenário mundial — e fazê-lo diante de sua própria torcida em 2028.
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