São Paulo – A primeira sessão de treinos livres teve início nesta sexta (11), às 12h30 (horário de Brasília), com sol forte e pista seca. As equipes colocaram seus carros no circuito de Interlagos para checar acertos e testar a durabilidade da gama intermediária de pneus disponibilizada pela Pirelli para a etapa: C2 – duro; C3 – médio e C4 – macio.
A maioria das equipes iniciou a sessão com pneus duros, exceto Mercedes, AlphaTauri e Williams, que optaram por pneus médios, e Alfa Romeo, única a escolher pneus macios para seus dois carros.
Considerando oportuno economizar pneus para a classificação da corrida Sprint, boa parte das equipes achou mais prudente manter seus testes focados em dois compostos, descartando aquele com desempenho inferior. Ao fim da sessão, apenas meio grid rodou com os três jogos de pneus disponíveis.
O que ninguém esperava era a mudança brusca no clima de Interlagos, que foi de ensolarado para nublado com direito a neblina em poucos minutos, prelúdio da chuva que estava a caminho para encharcar a pista e embaralhar ainda mais a classificação da corrida Sprint, que começou às 16h.
A classificação começou com todo o grid calçando pneus intermediários para pista molhada, os de faixa verde. Até que faltando 8 minutos para o fim do Q1, Pierre Gasly, da AlphaTauri, foi ao box e saiu de lá com pneus macios. Com uma melhora significativa nos tempos de Gasly, a estratégia rapidamente foi replicada pelas outras equipes, enquanto a pista já dava sinais de formação do trilho, com asfalto levemente mais seco e aderente, reforçando a escolha positiva dos pneus slick.
No entanto, para Nicholas Latifi, Ghanyu Zhou, Valtteri Bottas, Yuki Tsunoda e Mick Schumacher, os novos pneus não foram suficiente para garantir uma das 15 vagas para o Q2, então para eles a classificação acabou ao fim do Q1.
Durante o Q2, com o trilho cada vez mais seco e aparente, as equipes mantiveram seus pneus macios calçados, e posteriormente até optaram por novos conjuntos, ainda que do mesmo composto, para tentar melhorar seus tempos. Ao fim da etapa, os eliminados foram Alex Albon, Pierre Gasly, Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo e Lance Stroll.
Já na Q3, a Ferrari atrapalhou a performance de Charles Leclerc ao mandá-lo para a pista com pneus intermediários, enquanto todo o grid manteve pneus macios e tempos consistentes. A surpresa, no entanto, ficou por conta de Kevin Magnussen, que fez a melhor volta do Q3 após colocar novos pneus macios, alcançando milagrosos 1:11.674 com sua Haas. Na sequência, George Russell acabou indo parar na caixa de brita ao fim da reta oposta, causando a bandeira vermelha que consagrou a pole-position de Magnussen.
Após os procedimentos de pista para retirada da Marcedes de Russell da brita, a pista foi liberada. Porém, a bandeira verde veio tarde demais para que alguém tentasse tomar a pole de Magnussen. As condições da pista já não eram mais as mesmas, a chuva apertou novamente e o trilho sumiu. Até que alguns mais corajosos, como Lewis Hamilton e Sergio Perez, tentaram voltar para a pista com pneus intermediários, mas bater o tempo de Magnussen já estava fora de cogitação. O Q3 foi encerrado na sequência, dando a primeira pole-position da carreira do piloto dinamarquês.
Muita emoção neste primeiro dia de Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. E hoje tem mais! Acompanhe nossa cobertura nas redes sociais da rádio