A DNCG, órgão regulador do futebol francês, sinalizou a intenção de fiscalizar as transações financeiras entre os clubes pertencentes à Eagle Football, grupo controlado por John Textor. A informação foi interpretada pelo jornalista Rodrigo Mattos, do portal “UOL Esporte”, a partir de um comunicado oficial divulgado pela entidade.
O Lyon, principal clube do grupo na França, está proibido de registrar novos jogadores devido a questões financeiras, mas recentemente anunciou o empréstimo gratuito de Thiago Almada, vindo do Botafogo, também controlado por Textor, por um período de cinco meses e meio.
Críticas de Textor e resposta da DNCG
Textor não poupou palavras em entrevista à rádio “RMC”, chegando a chamar o presidente da Ligue 1 de “cachorrinho de colo” do PSG. A declaração gerou uma reação imediata da DNCG, que emitiu nota exigindo “seriedade” e destacando que irá “analisar a regularidade das operações financeiras entre os clubes da Eagle”.
Para o jornalista Rodrigo Mattos, as declarações da entidade francesa evidenciam a crescente preocupação com a atuação de grupos multiclubes e apontam para possíveis mudanças no regulamento de fair play financeiro no país.
Novas regras à vista?
A DNCG não descarta a criação de novas normas para regulamentar as transações entre clubes de uma mesma holding, uma vez que essas operações podem levantar questões de competitividade e transparência. Segundo Mattos, o caso do Lyon é visto como um exemplo que pode desencadear uma revisão no modelo de fiscalização.
A situação ressalta o desafio enfrentado por grupos como a Eagle Football, que operam em várias ligas e lidam com diferentes regulações financeiras. Textor, por sua vez, segue em rota de colisão com as autoridades do futebol francês, enquanto tenta reverter as sanções impostas ao Lyon.
Cenário em evolução
Com a pressão crescente sobre a Eagle Football e a possibilidade de novas regras de fair play financeiro, o futuro das transações entre clubes controlados por John Textor na França será acompanhado de perto. A expectativa é de que a DNCG endureça sua postura e estabeleça critérios mais rígidos para garantir a integridade do futebol francês.