Foi o que se viu nos primeiros 10 minutos de jogo, com um rubro-negro dominante e envolvente como há muito tempo não se via. O time do Furacão mostrou que é capaz de entregar muito mais do que vem entregando na temporada. Nikão, que substituiu Canobbio, mostrou porque é ídolo e respeitado como um grande jogador. Foi de longe o melhor jogador do rubro-negro paranaense, criando jogadas e levando perigo à defesa do tigre catarinense.
Apesar do começo intenso e positivo, o Furacão saiu atrás no marcador, aumentando o nervosismo do time, que demorou para se reencontrar no jogo. Ainda na primeira etapa, conseguiu chegar ao empate com Mastriani de cabeça. Na segunda etapa, chegou a virada em lance quase igual ao empate, com cruzamento de Erick e Mastriani cabeceando livre para fazer o segundo. Após a virada, o Criciúma até que chegou com perigo em chutes longos, mas quem confirmou a vitória foi o Furacão, com Cuello chutando no canto do goleiro Gustavo e marcando um gol após quase 2 anos sem balançar as redes, fechando o placar 3 x 1.
Apesar da vitória do Furacão, observou-se que o resultado foi construído mais pela inferioridade do time carvoeiro do que por mérito do rubro-negro paranaense. O Athletico venceu, respirou e continua embolado no pelotão da frente, mas escancarou carências no elenco, principalmente na parte de criação, onde Zapelli, mais uma vez, deixou a desejar, e nas laterais, com mais uma atuação muito abaixo dos argentinos Esquivel e Godoy. Além disso, Christian, mais uma vez, não mostrou ser nem perto daquele jogador que brilhou pelo Furacão em temporadas anteriores.
O Athletico está vivo em todas as competições em seu centenário. Pode terminar a temporada coroado e lembrado, mas precisa de reforços e melhorar muito se quiser ser o Furacão que todos temem e respeitam historicamente.
