Mohamed Camara protagonizou um triste episódio neste domingo na goleada do seu time Monaco por 4 x 0 em cima do Nantes, partida válida pela Ligue 1, a primeira divisão do campeonato francês. Em campanha organizada pela LFP (Liga de Futebol Francesa), os franceses pediram o fim da homofobia e o respeito a toda e qualquer orientação sexual.
Acontece que o jovem meio-campo maliano, que inclusive já vestiu a camisa de sua seleção por 3 oportunidades, protagonizou um triste episódio na ocasião. Além de tampar o símbolo da campanha contra a homofobia no futebol, que estava estampado na altura do peito com fitas, Camara foi o único a permanecer na lateral do campo, agachado, se recusando a participar da ação. Segundo a imprensa francesa, ele, que é muçulmano, alegou motivos religiosos.
O meia teve uma boa atuação na partida, marcando o terceiro gol da equipe, de pênalti. Entretanto, a atitude do atleta repercutiu de maneira muito negativa, e a ministra dos Esportes da França, Amélie Oudéa-Castera, pediu punição ao jogador e ao clube.
“Um comportamento assim deve ser punido com as sanções mais firmes, contra o jogador e contra o clube, que permitiu. É inadmissível. Pude dizer o que penso sobre isso à Liga de Futebol Profissional (LFP)” – afirmou Oudéa-Castera nesta segunda-feira (20).
Essa não é a primeira vez que um jogador tenta ‘boicotar’ a campanha. Em 2022, o volante Gana Gueye, à época no PSG, não quis entrar em campo e ficou fora de uma partida do clube. Além do volante, Abdou Diallo, Zakaria Aboukhlal, Moussa Diarra, Saïd Hamulic e Mostafa Mohamed boicotaram o dia na campanha do ano passado.
Até o momento, Monaco, Camara e a LFP não se manifestaram sobre o assunto. De acordo com o L’Equipe, a liga, assim como nos anos anteriores, não deve punir o atleta.