A disputa entre o clube social e a SAF do Botafogo ganhou novo peso após uma decisão que redesenha a relação de poder dentro de General Severiano. Embora o clima fosse tenso desde o início da briga de John Textor com investidores como Eagle e Ares, a situação alcançou outro patamar. Afinal, a Justiça determinou que qualquer venda de jogadores só pode ocorrer após aviso prévio ao clube social e ao juízo responsável. Dessa forma, a administração associativa voltou a influenciar diretamente no coração financeiro da operação.
Clube social recupera influência e pressiona a SAF
A decisão foi assinada pelo desembargador Marcelo Almeida de Moraes Marinho. Ele avaliou o pedido do clube social como razoável dentro do cenário atual. Além disso, entendeu que a falta de comunicação sobre transações importantes colocava o associativo em posição vulnerável. Assim, determinou que a SAF informe previamente qualquer alienação de ativos, distribuição de dividendos ou despesa extraordinária.
O movimento surpreendeu parte da SAF. Isso porque, desde o início do modelo societário, Textor atuava com grande autonomia. Contudo, sua queda de investimentos após a disputa judicial contra Eagle e Ares mudou a percepção interna. O clube social enxergou uma chance de reequilibrar forças e buscou ampliar sua capacidade de fiscalização.
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Segundo pessoas próximas ao associativo, o pedido sobre as vendas de jogadores era o ponto mais sensível. Isso porque o orçamento para 2026 depende de negociações que, teoricamente, garantirão oxigênio financeiro. Entretanto, com a nova exigência, qualquer operação precisará passar por avaliação conjunta, o que adiciona tempo, burocracia e pressão política.
Além disso, o clube social tenta assegurar que a SAF não comprometa receitas futuras. O relatório interno já mostrava preocupação com a falta de aportes e o risco de novas dívidas. Portanto, a decisão judicial foi vista como um mecanismo de proteção imediata.
A SAF ainda pode recorrer. Até agora, porém, não se pronunciou oficialmente. Enquanto isso, o Botafogo vive mais um capítulo de uma disputa que, embora complexa, pode definir o rumo administrativo para os próximos anos.
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