À primeira vista, o NBA All-Star Game de 2026 promete marcar uma virada na história recente da liga. Após críticas às últimas edições, o comissário Adam Silver confirmou que o tradicional evento passará a adotar um formato inédito: “Time Estados Unidos contra o Time Mundo”. A partida acontecerá em 15 de fevereiro de 2026, no Intuit Dome, nova arena do Los Angeles Clippers.
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Antes de tudo, Silver decidiu mudar o formato para responder à queda de audiência e ao ritmo morno das partidas anteriores. Durante entrevista à imprensa norte-americana, o dirigente explicou que a proposta busca aproveitar o contexto das Olimpíadas de Inverno, que ocorrerão entre 6 e 22 de fevereiro.
— Na próxima temporada, estaremos no meio das Olimpíadas de Inverno. Então, qual melhor momento para apresentar algo como EUA contra o Mundo? Ainda não defini todos os detalhes, mas me inspirei no que a NHL fez, e sei que foi um enorme sucesso — declarou Silver.
Além disso, o novo modelo valoriza a internacionalização crescente da liga. Hoje, 25% dos jogadores da NBA vêm de fora dos Estados Unidos, e muitos estão entre as principais estrelas do basquete mundial, como Luka Doncic (Eslovênia), Nikola Jokic (Sérvia) e Giannis Antetokounmpo (Grécia). Nesse sentido, o formato “EUA x Mundo” celebra o impacto global desses atletas e reforça o apelo internacional da NBA, cujos sete últimos MVPs foram não-americanos, como Joel Embiid (Camarões), Jokic e o atual premiado Shai Gilgeous-Alexander (Canadá)
Novo formato e regras
Dessa forma, o All-Star Game de 2026 contará com três equipes de oito jogadores: duas formadas por atletas norte-americanos e uma composta por jogadores internacionais — a Equipe Mundo. Cada partida terá 12 minutos de duração e seguirá um sistema de mini-torneio.
Em primeiro lugar, o Time A enfrentará o Time B no jogo inicial. O vencedor seguirá para encarar o Time C, enquanto o perdedor também jogará contra a equipe restante. As duas melhores formações disputarão a final. Se houver empate entre as três, o saldo de pontos definirá os finalistas.
A NBA manterá a votação tradicional para selecionar os atletas. Fãs, jogadores e imprensa escolherão os cinco titulares de cada conferência — com pesos de 50%, 25% e 25%, respectivamente. Já os sete reservas sairão das indicações dos técnicos. Contudo, as restrições por posição deixam de existir, e os mais votados entrarão diretamente, independentemente de atuarem como armadores, alas ou pivôs.
Ademais, Adam Silver poderá indicar nomes extras caso algum time não alcance o número mínimo de atletas. Essa medida garante equilíbrio entre os elencos norte-americanos e a equipe internacional.
Reação e expectativas
Anteriormente, o formato de 2025, com quatro equipes, recebeu duras críticas pelo ritmo lento e falta de competitividade. Portanto, a NBA reformulou o evento para torná-lo mais dinâmico e empolgante.
Astros como Giannis Antetokounmpo e Victor Wembanyama já demonstraram apoio à mudança, destacando o simbolismo da disputa entre americanos e estrangeiros. Assim como esses atletas, parte da imprensa especializada vê a novidade como um passo essencial para revitalizar o All-Star Weekend.
Por fim, a edição de 2026 também marcará o retorno da NBC à transmissão da NBA, após décadas. Dessa forma, a liga aposta em nostalgia, inovação e representatividade global para devolver ao Jogo das Estrelas o brilho que o consagrou.
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