Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022. Ao se dirigir à Arena Fonte Nova para cumprir mais um jogo de campeonato, no caso, a Copa do Nordeste, a delegação do Bahia foi covardemente atacada por, desculpem o termo, animais travestidos de torcedores. O resultado? o goleiro Danilo Fernandes precisou ser socorrido e, por muito pouco, não perdeu a visão. Além dele, vários jogadores feridos. Dentro de campo, 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, mas, qualquer que fosse o resultado, a vitória-maior já estava alcançada: a de sobreviver.
Sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022. Como represália à invasão russa ao território da Ucrânia, orquestrada pelo “louco” Vladimir Putin, a UEFA (União Europeia de Futebol), em uma atitude de se aplaudir de pé, adota a medida de retirar a final da atual edição da Champions League da ex-cidade soviética São Petersburgo. O Stade de France, nos arredores de Paris, será o novo palco do ápice da maior competição de clubes do “Velho Continente”.
Nesse pequeno texto, poderia falar ainda de outros episódios em que a imbecilidade de alguns mudou ou, em alguns casos, interferiu na essência do esporte. A pergunta que fica é a seguinte: até quando isso vai perdurar? Até quando vamos ser reféns de bandidos, de arruaceiros, de baderneiros, de ditadores, de déspotas? Até quando o esporte vai sobreviver a tanto absurdo, a tanta ganância, a tanta insensatez?
Futebol, esporte, desde quando nasci e pelos quais me apaixonei, sempre foram sinônimos de disputas, de lutas por conquistas, mas tudo dentro de um profundo respeito às regras e, principalmente, ao ser humano e seres, como o senhor Vladimir Putin e o grupo fascínora que atacou os jogadores do Bahia, vêm, a cada episódio conforme relatados, minando essa alegria para as futuras gerações. Qual o garoto que vai querer frequentar um estádio, um ginásio, mediante ao risco de ataques como os ocorridos nos arredores da Fonte Nova? Qual jovem vai querer praticar alguma atividade em um país sem total segurança e gerido por um “discípulo de Hittler”?
O momento, meus amigos, é de reflexão e ação por parte das autoridades e dos amantes do esporte. Se não agirmos agora, o choro, no futuro, será inevitável