A estreia do time principal do Botafogo em 2025 não poderia ter sido mais convincente. Mesmo após as baixas de Luiz Henrique e Almada, o Alvinegro mostrou que a base vencedora do ano passado segue forte. A vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, a sétima consecutiva no clássico, deixou claro que o entrosamento, a intensidade e a organização seguem como marcas registradas. No Nilton Santos, Igor Jesus e Savarino (de pênalti) garantiram os primeiros três pontos do ano para os campeões do Brasileiro e da Libertadores.
Com Lucas Halter ocupando a vaga de Bastos, poupado para a Supercopa Rei, e Rafael Lobato herdando a ponta direita, o Botafogo entrou em campo com John; Mateo Ponte, Lucas Halter, Barboza e Alex Telles; Gregore e Marlon Freitas; Savarino; Rafael Lobato, Matheus Martins e Igor Jesus. A equipe manteve o padrão de jogo visto em 2024: marcação intensa, posse de bola controlada e verticalidade nas transições ofensivas.
Domínio alvinegro e imposição física
O primeiro tempo foi de amplo domínio alvinegro, com as principais ações concentradas pelo lado esquerdo. Matheus Martins teve a primeira chance, após lançamento de Marlon Freitas, mas finalizou mal. Em seguida, Alex Telles encontrou Igor Jesus dentro da área, mas o atacante errou a pontaria. A superioridade do Botafogo se refletia na quantidade de finalizações e na dificuldade do Fluminense em sair jogando.
No segundo tempo, a superioridade física e tática do Botafogo ficou ainda mais evidente. Com menos tempo de pré-temporada em relação ao rival, a equipe não apenas manteve o ritmo como ampliou o volume ofensivo. O gol de Igor Jesus, aos 11 minutos, foi uma síntese do que esse time representa: 15 toques, nove jogadores envolvidos e 45 segundos de posse de bola antes do camisa 99 balançar as redes.
A vantagem, no entanto, foi neutralizada pouco depois, quando Alex Telles cometeu um pênalti desnecessário sobre Riquelme Felipe. Thiago Santos converteu e empatou o jogo. O gol tricolor não abalou o Botafogo, que respondeu com substituições pontuais de Carlos Leiria: Yarlen, Cuiabano e Vitinho entraram e mudaram a dinâmica da equipe. Logo em sua primeira jogada, Yarlen foi derrubado na área, e Savarino bateu com categoria para definir a vitória.
Estilo de jogo consolidado e expectativa para a Supercopa
Apesar da troca no comando técnico, o Botafogo demonstrou que não perdeu sua essência. O trabalho de Artur Jorge deixou um legado que Leiria soube aproveitar. O time manteve a troca de passes, a solidez defensiva e a construção ofensiva paciente e precisa.
— Acredito que o grupo tem muito mérito. É um elenco coeso, forte e consolidado. O trabalho agora é dar sequência e fazer ajustes pontuais. Não há necessidade de grandes mudanças, pois o time já tem uma identidade muito clara — afirmou Leiria após a partida.
A indefinição sobre o técnico titular ainda paira sobre General Severiano, mas a estreia do time principal foi animadora. O Botafogo mostrou que, mesmo em meio a mudanças, continua sendo um time competitivo e organizado.
No próximo domingo, às 16h, o Alvinegro volta a campo na Supercopa Rei para enfrentar o Flamengo no Mangueirão, em Belém. O primeiro título da temporada está em jogo, e a vitória sobre o Fluminense serviu como um teste promissor para a decisão.