Pedrinho, presidente do Vasco, concedeu uma coletiva de mais de duas horas para falar sobre o futuro do clube e os próximos passos para a SAF. Ele enfatizou que a venda da SAF é sua prioridade e deixou claro que, enquanto não encontra um investidor adequado, continuará a operar o clube e a gerenciar suas finanças. Pedrinho destacou: “A minha intenção é vender, mas preciso garantir o pagamento das dívidas e compromissos para que o clube funcione”. Ele também enfatizou que quer deixar o Vasco em condições sustentáveis para o futuro.
Critérios e transparência nas negociações
Para atrair novos investidores, Pedrinho explicou que está comprometido em estabelecer critérios rigorosos para qualquer negociação. Ele ressaltou a necessidade de parceiros com credibilidade, saúde financeira comprovada e um plano de investimento esportivo e estrutural para o clube. “Queremos evitar erros anteriores e proteger a instituição. Precisamos de garantias reais para que o Vasco tenha segurança a longo prazo”, afirmou. Ele comparou o processo de venda da SAF a uma transação de venda de carro, onde o comprador precisa ter condições e compromissos claros com o objeto negociado.
Investidores potenciais e cláusulas de proteção
O presidente revelou ainda que já estão em andamento conversas preliminares com alguns potenciais investidores, protegidas por acordos de confidencialidade. Entre os nomes especulados, aparece o magnata grego Evangelos Marinakis, proprietário de outros clubes na Europa, como Olympiacos e Nottingham Forest. Apesar do interesse, Pedrinho enfatizou que nenhum acordo avançado foi firmado e que cada proposta será analisada detalhadamente. “Estamos avaliando as possibilidades, mas tudo é muito inicial”, disse ele.
Projeções de estabilidade para 2025
Carlos Amodeo, CEO da SAF, também participou da coletiva e comentou sobre as estratégias em andamento para assegurar a continuidade do clube. Segundo ele, o Vasco vem aumentando suas receitas, com destaque para novos patrocínios e campanhas de sócios que já duplicaram o número de torcedores associados. Amodeo afirmou que essas ações, somadas a uma reestruturação financeira interna, devem garantir a saúde financeira do clube até 2025, mesmo sem um novo investidor. “Estamos focados em potencializar todas as fontes de receita para o Vasco e racionalizar nossas despesas, de modo que possamos cumprir nossos compromissos em dia”, explicou.
Possibilidades futuras e expectativas da torcida
Para finalizar a entrevista, Pedrinho respondeu a perguntas sobre as possibilidades futuras e a expectativa da torcida em relação à SAF. Ele reforçou que, embora sua intenção seja vender a SAF, o processo exige cautela e paciência para encontrar o investidor adequado. Ele ainda reforçou que, se necessário, seguirá à frente da reestruturação até que um acordo sólido seja firmado. “A torcida precisa entender que queremos o melhor para o Vasco. Não basta vender por vender; é preciso garantir um futuro seguro para o clube”, concluiu.