Desde 2019, o Flamengo vem montando um grande time e cada vez mais fortalecendo seu elenco. É praticamente unanimidade que os onze titulares formam o melhor time do Brasil, e há quem diga da América do Sul. O time já foi campeão da Libertadores, bicampeão brasileiro e mais cinco taças importantes, porém ainda sofre com alguns setores e, principalmente, contratações que custaram altas cifras e não corresponderam em campo.
Para os rivais, isso é um prato cheio para equilibrar as expectativas, atuações e até mesmo para tirar um sarro de vez em quando. Duas contratações milionárias simbolizam muito esse “fardo” que o Flamengo carrega; Vitinho e Michael. O primeiro foi a primeira investida relevante do clube desde sua recuperação financeira. O valor de R$54 milhões pagos pelo atacante ao CSKA, da Rússia, geraram expectativas que até hoje não foram atendidas. Sem nunca conseguir se firmar como titular e perseguido por certa apatia em campo, o jogador revelado pelo Botafogo parece estar se sentindo mais a vontade com Rogério Ceni, e vive seu melhor momento no clube. Suas recentes atuações tem gerado sombra para Everton Ribeiro, que segue caminho oposto do colega de equipe com rendimentos cada vez mais apagados.
Já Michael, não consegue ser nem sombra do jogador habilidoso e decisivo que o fez se destacar pelo Goiás e ganhar o prêmio de Revelação do Brasileirão 2019. Talvez o peso de custar R$34,5 milhões aos cofres rubro-negros não permita que o atacante jogue seu futebol de forma “irresponsável” como fazia no time goiano. A paciência da torcida com o “chaveirinho” parece estar perto do fim, porém suas 6 assistências em 10 jogos no ano, fazem com que ele comece a ganhar moral e, quem sabe, dar mais uma volta por cima na sua vida.
Outros jogadores que também não fazem valer o status que chegaram ao clube são Léo Pereira e Gustavo Henrique. Ambos chegaram para reforçar o setor que havia sofrido a baixa de Pablo Marí, vendido ao Arsenal, da Inglaterra, e suprir as frequentes lesões do titular, Rodrigo Caio. O ex-Athletico, perde cada vez mais espaço no grupo, principalmente depois da chegada de Bruno Viana e de sua atitude nada profissional ao faltar o treino por ter curtido uma festa em plena pandemia. Por outro lado, o “Menino da Vila”, Gustavo Henrique, vem tendo oportunidades e apesar da desconfiança dos torcedores alterna bons má atuações.
A verdade é que quando todos esses nomes – juntamente com Pedro e Thiago Maia – foram anunciados, os rivais perderam o fôlego e foram respirando cada vez mais aliviados a medida que não correspondiam. Porém, no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Carioca, entre Volta Redonda e Flamengo, a realidade pode ter mudado. Michael com duas assistências, Vitinho muito participativo e “acordado” no jogo, e Gustavo Henrique seguro ao lado de Willian Arão, tiveram atuações bem convincentes e animadoras para a nação rubro-negra e podem finalmente dar a tão esperada encorpada para o elenco flamenguista.
Tá certo que o adversário não era dos mais perigosos? Sim! É cedo? Sim! Muito menos uma única atuação vai fazer mudar tudo que aconteceu ao decorrer de um ano e cinco meses, mas caso o futebol que os trouxeram até o Ninho do Urubu resolva aparecer, como apareceu, soamdo aos bons valores criados na base do time, como João Gomes, Hugo Souza e Rodrigo Muniz, pode ser o início de um grande perigo para os rivais e adversários do time rubro-negro ao decorrer da temporada. Agora é esperar para ver!
