O Real Madrid abriu um capítulo decisivo neste domingo ao propor uma mudança estrutural que permite a entrada de investimento externo. Florentino Pérez apresentou a iniciativa durante a assembleia anual em Valdebebas e defendeu que o clube precisa se adaptar ao cenário global. O plano prevê a criação de uma subsidiária com um investidor minoritário que teria cerca de 5% das ações, enquanto os sócios manteriam o controle total.
O presidente explicou que a diretoria estudou alternativas durante o último ano para valorizar o Real Madrid investimento externo sem romper a tradição centenária. Pérez afirmou que o clube não abrirá capital na bolsa e reforçou que qualquer parceiro deverá respeitar os valores madridistas. Ele destacou que a medida busca proteger a instituição contra pressões externas que, segundo ele, ameaçam a estabilidade do futebol espanhol.
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proposta depende de votação dos sócios
Para avançar, o plano precisa passar por uma assembleia extraordinária com cerca de 2 mil sócios compromissários. Caso eles aprovem, o clube realizará um referendo com todos os sócios maiores de 18 anos. Só depois disso o novo modelo poderá valer. Pérez garantiu que o Real Madrid permanecerá nas mãos dos torcedores, embora reconheça que a modernização se tornou inevitável diante do ambiente competitivo atual.
Além disso, o presidente voltou a criticar Javier Tebas, a UEFA, árbitros espanhóis e o Barcelona. Ele acusou Tebas de tentar influenciar leis e reduzir o poder financeiro do Real Madrid. Por isso, apresentou a mudança como uma forma de defesa institucional. O novo modelo prevê que cada sócio tenha uma única ação com valor monetário e possibilidade de transferência apenas para filhos ou netos. Já o investidor receberá dividendos, mas não poderá votar. Pérez prometeu mais detalhes na assembleia extraordinária e pediu cautela diante das especulações recentes.
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