Mais um capítulo da saga da Record em busca da transmissão da Copa do Mundo de 2026. Dessa vez é mais sobre um avanço do que a especulação em si. Os executivos e o departamento comercial da emissora farão uma reunião para discutir se vale a pena ou não fazer uma proposta pelos direitos de transmissão da competição Apesar do entusiasmo, a emissora sabe que a Copa do Mundo é algo temporário. A situação da seleção brasileira também acaba sendo influenciada, para tomar uma decisão arriscada em um curto período.
A Record que não vai exibir o Supermundial de Clubes da FIFA, explicou o motivo até da falta de uma oferta:
“Nós não fomos atrás do Mundial de Clubes deste ano ainda por que era muito próximo para fazer conversas. Mas a Copa do Mundo do ano que vem é um sonho. Depende do que a nossa concorrente vai fazer também. A conta precisa fechar”, explicou em abril Alarico Naves, numa entrevista ao site F5.
Internamente, os profissionais do esporte do canal paulista sonham com a possibilidade, entre eles o principal narrador da Record no Brasileirão, Cléber Machado.
No Brasil o Grupo Globo já possui os direitos de transmissão da Copa em todas as plataformas, porém sem exclusividade e adiquiriu uma parte dos jogos, incluindo as partidas da Seleção Brasileira. A Record está de olho em outro pacote disponível no mercado e nos jogos envolvendo a ‘Canarinho’.
Vale ressaltar que ainda não há negociações entre o canal e a Livemode, agência que representa a FIFA na venda do torneio e que vendeu os direitos do Brasileirão com a LFU (Liga Forte União) e renovou o contrato com a Federação Paulista de Futebol (FPF) sobre os direitos do Paulistão até 2029. A emissora desde 2022 transmite o estadual de São Paulo e consegue boas audiências. Com isso, a Record tem em 2025 ao todo 55 transmissões de futebol na programação, sendo 17 do Paulistão e as 38 rodadas do Campeonato Brasileiro, além de cobertura jornalística e programas esportivos na grade.
A História da Record em Copas
Caso tenha sucesso a Record vai pra sua 4ª Copa do Mundo da sua história. A primeira foi em 1970 em um ‘Pool’ com a extinta Rede Tupí (1950-1980), Globo e Band. Em 1986 a emissora transmitiu a Copa em mais um ‘pool’ dessa vez com o SBT, que juntaram as equipes para a cobertura. que pertenciam ao empresário Silvio Santos (1930-2024).
Em 1998, contrariando os interesses da Globo, SBT, Band e da extinta Rede Manchete (1983-1999), a Record só transmitiu os jogos da Copa do Mundo na França após vencer uma batalha judicial um mês antes de iniciar as partidas. A emissora quase perdeu o direito de exibir as partidas. A emissora quase perdeu o direito de exibir as partidas do Mundial, após deixar de pagar a anuidade à OTI (Organização da Televisão Ibero-Americana), entidade sem fins lucrativos que detinha os direitos de transmissão para três Copas. No Brasil, a Record era sócia da OTI, junto com a Globo, SBT, Band e Manchete. Porém, como estava sendo vendida para a Igreja Universal do Reino de Deus durante a transição do negócio, deixou de quitar duas anuidades, Dívida que naquele ano, girava em torno de US$ 50 mil , segundo reportagem da Folha de S. Paulo na época.