Desde o início da janela de transferências, o Vasco da Gama estabeleceu como prioridade a contratação de um atacante de lado com velocidade e capacidade de participação em gols. No entanto, apesar de múltiplas investidas, o clube esbarrou em dificuldades financeiras, concorrência de grandes clubes e recusas por parte dos alvos.
O departamento de futebol cruz-maltino direcionou seu foco para a posição após reforçar a defesa com Maurício Lemos, Lucas Oliveira e Lucas Freitas. A necessidade de um jogador de beirada ficou ainda mais evidente com as lesões de Adson e David, além da falta de reposição para as saídas de Gabriel Pec e Marlon Gomes. Diante desse cenário, o Vasco tentou a contratação de cinco jogadores: Tomás Cuello, Ramón Sosa, Wanderson, Brian Rodríguez e Bruma.
Investidas frustradas e concorrência forte
A primeira tentativa foi por Tomás Cuello, do Athletico-PR. O Vasco buscou envolvê-lo na negociação pelo zagueiro Léo, mas não houve acordo. Mesmo após oferecer cerca de 4,5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 25 milhões), o Atlético-MG entrou na disputa e fechou a contratação por 6 milhões de dólares (cerca de R$ 36 milhões), frustrando os planos vascaínos.
Outro nome desejado foi Ramón Sosa, do Nottingham Forest. O paraguaio já estava no radar do Vasco desde a gestão da 777 Partners, mas o clube inglês não demonstrou interesse em negociá-lo, e o jogador optou por permanecer na Europa.
Wanderson, do Internacional, também foi um alvo. O Vasco buscou uma negociação em definitivo, mas o alto salário exigido pelo jogador inviabilizou o acordo. O atacante tem contrato com o clube gaúcho até o fim de 2025 e poderá assinar um pré-contrato a partir de julho.
Uma das tratativas mais avançadas envolveu Brian Rodríguez, do América-MEX. O clube mexicano sinalizou positivamente para um acordo, mas estabeleceu como condição a contratação de um substituto antes da liberação do uruguaio. Como a janela mexicana se fechou sem que o América encontrasse um reforço, a negociação foi adiada para o meio do ano.
A maior frustração, porém, veio na tentativa de contratar Bruma, do Braga-POR. O Vasco chegou aos valores exigidos pelo clube português e aguardava apenas a assinatura final do contrato. No entanto, nos últimos momentos da janela de transferências, o Benfica atravessou a negociação e apresentou uma proposta semelhante. O desejo do atacante de disputar a Liga dos Campeões e se manter no radar da seleção portuguesa acabou pesando na decisão, e ele optou pelo clube lisboeta.
Próximos passos
Apesar das dificuldades, o Vasco segue no mercado em busca de um nome para o ataque. O clube separou um orçamento específico para a posição e deve avaliar novas possibilidades até o fim da janela de transferências no Brasil. A diretoria entende que a falta de um jogador de velocidade pode comprometer o desempenho do time na temporada e trabalha com a possibilidade de novas investidas ainda nesta semana.
O desafio agora é encontrar um nome viável financeiramente e que atenda às exigências do elenco comandado por Ramón Díaz. Enquanto isso, o Vasco segue com opções limitadas no setor ofensivo e encara o início da temporada com um elenco ainda em formação.