A Fifa condenou o Corinthians a pagar mais de US$ 9,4 milhões (cerca de R$ 55 milhões) em processos movidos por Talleres, da Argentina, e Santos Laguna, do México. As decisões foram tomadas em setembro e outubro de 2024, mas divulgadas apenas nesta segunda-feira (3) pela entidade máxima do futebol.
A condenação está ligada às contratações do meia Rodrigo Garro e do zagueiro Félix Torres. O clube recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS), o que suspende a aplicação de punições até o julgamento final.
Caso Garro
O Talleres acionou a Fifa alegando que o Corinthians devia US$ 3,6 milhões (R$ 21,1 milhões) em razão da transferência do meia, incluindo uma indenização de US$ 722,4 mil (R$ 4,2 milhões). O clube argentino cobra US$ 612 mil (R$ 3,5 milhões) referentes a impostos e despesas operacionais, que a diretoria alvinegra contesta.
A transferência de Garro se concluiu por US$ 7 milhões, com US$ 4 milhões pagos à vista. O restante deveria ser parcelado, mas um atraso no pagamento permitiu ao Talleres antecipar a cobrança das parcelas futuras. A Fifa determinou juros de 18% ao ano sobre o valor devido.
O Corinthians rebateu, afirmando que o contrato original não previa o pagamento dos custos operacionais.
Caso Félix Torres
O Santos Laguna cobra US$ 6 milhões (R$ 35,2 milhões) pela compra do zagueiro equatoriano. O Corinthians pagou apenas a primeira parcela, de US$ 2 milhões, mas atrasou a segunda, que venceu em maio de 2024. Como resultado, o clube mexicano solicitou à Fifa a cobrança das cinco prestações restantes.
A entidade condenou o Corinthians ao pagamento do saldo pendente, incluindo multa de US$ 675 mil (R$ 3,9 milhões) e juros anuais de 18%, que podem elevar a dívida em mais US$ 810 mil (R$ 4,7 milhões). O clube ainda deve arcar com uma taxa de US$ 30 mil (R$ 176 mil) à própria Fifa.
Em nota oficial, o Corinthians confirmou o atraso na parcela e reiterou que busca uma solução através do CAS. A direção alvinegra afirmou que segue respeitando os trâmites legais e confia em uma decisão favorável.