O brasileiro João Fonseca deixou o Rio Open de forma precoce, eliminado na primeira rodada pelo francês Alexandre Muller. Apontado como promessa do tênis nacional, o jovem de 18 anos reconheceu que o lado emocional pesou na derrota. “Não fui eu dentro de quadra”, desabafou.
Fonseca, atual número 68 do ranking da ATP, era uma das principais atrações do torneio carioca. Depois de um 2023 promissor e um início de temporada com bons resultados, ele chegou ao evento sob grandes expectativas. No entanto, os holofotes cobraram seu preço.
“Eu sabia que o nervosismo ia bater, que precisaria enfrentar o medo de jogar com tanta gente. Tentei com todas as minhas forças, mas não consegui. Faz parte do esporte. Agora é aprender e melhorar para o futuro”, disse o tenista após a partida.
A pressão psicológica foi um fator determinante para o revés. Fonseca destacou que sentiu dificuldade para jogar solto e envolver a torcida, uma de suas marcas registradas. “Minha maior frustração é saber que precisava enfrentar isso e não consegui. Não joguei meu jogo, com alegria.”
Físico em dia, mental abalado
Apesar da recente sequência de jogos, incluindo o título do ATP 250 de Buenos Aires, Fonseca garantiu que estava em boas condições. “Eu estava 100% fisicamente. Tive boas noites de sono e estava zerado de dor. Hoje, a questão foi totalmente mental”, explicou.
O jovem brasileiro já mira o futuro. Mesmo frustrado, ele sabe que a caminhada está apenas começando. “Conversei com meu treinador, falei o que sentia. Vou ficar triste hoje, mas amanhã descanso e quinta-feira volto aos treinos. No tênis, a gente perde mais do que ganha. O importante é seguir evoluindo.”
A torcida brasileira reconheceu o esforço e incentivou Fonseca até o último ponto na Quadra Guga Kuerten. Para ele, esse apoio é uma motivação extra. “Nossa profissão é inspirar. Quero ajudar o Brasil a ser um país do esporte novamente. Agradeço muito o carinho do público e espero ter muitos outros momentos como esse.”