O Red Bull Bragantino anunciou, nesta quinta-feira (30), a contratação do técnico Vagner Mancini, de 59 anos. O treinador chega para substituir Fernando Seabra, demitido após a derrota por 3 a 0 para o Vasco, e assinou contrato até o fim da atual temporada.
Mancini desembarcou em Bragança Paulista na quarta-feira (29), conheceu o elenco e comandou o primeiro treino no Centro de Treinamento do clube. Além disso, trouxe sua própria equipe de trabalho, formada por Réver (auxiliar técnico), Claudio Andrade (analista de desempenho) e Lucas Itaberaba (preparador físico).
Retorno a uma casa conhecida
Antes de tudo, o novo comandante demonstrou emoção ao relembrar sua passagem como jogador do Bragantino entre 1991 e 1992.
“Estou muito feliz por esse retorno. Bragança e o Bragantino fazem parte da minha história. Fui muito bem recebido e guardo ótimas lembranças daquele período, em que o time era extremamente competitivo”, afirmou Mancini.
Atualmente, o técnico encara o desafio de afastar o Massa Bruta da zona de rebaixamento e tentar uma vaga em torneios continentais. O clube ocupa a 12ª posição do Brasileirão, com 36 pontos — cinco a mais que o Vitória, primeiro time dentro da zona da degola.
Momento de reação
A princípio, a missão de Mancini é clara: encerrar a temporada em alta. O Bragantino tem apenas oito partidas restantes e vive uma sequência de três derrotas consecutivas — para Palmeiras, Juventude e Vasco.
“É final de campeonato, mas também uma oportunidade para terminar bem a temporada. Quero unir forças com a comissão técnica, os atletas e todos do clube para conduzir um trabalho forte nessa reta final”, analisou o treinador.
A estreia de Mancini está prevista para domingo (2), às 16h, diante do Bahia, na Arena Fonte Nova, pela 31ª rodada do Brasileirão.
Perfil e trajetória
Reconhecido por sua experiência, Mancini já comandou 20 clubes ao longo da carreira, entre eles Corinthians, Grêmio, Cruzeiro, Vitória, Atlético-MG e Vasco. No exterior, dirigiu o Al-Nasr, dos Emirados Árabes Unidos.
Como técnico, conquistou a Copa do Brasil de 2005, pelo Paulista, além de títulos estaduais por Bahia, Ceará, Chapecoense e Grêmio. Recentemente, trabalhou no Goiás, de onde saiu em outubro após empate com o Athletic pela Série B. No clube esmeraldino, obteve 54% de aproveitamento, com 14 vitórias, 10 empates e oito derrotas.
Por que o Bragantino escolheu Mancini?
Nesse sentido, a escolha do Bragantino representa uma mudança de postura. Tradicionalmente, o clube aposta em projetos de longo prazo, mas a diretoria entendeu que o momento exige uma resposta imediata. A equipe tem o segundo pior desempenho do returno e vive situação semelhante à do ano passado, quando escapou do rebaixamento apenas na última rodada.
A decisão, portanto, foi pragmática. O clube optou por um treinador com histórico de reação rápida e experiência em momentos de crise. Mancini ganhou a fama de “técnico-bombeiro” por já ter sido chamado diversas vezes para evitar quedas.
Veja abaixo o retrospecto dele em clubes que lutavam contra o rebaixamento:
Evitou o rebaixamento:
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Cruzeiro (2011)
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Athletico-PR (2013)
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Vitória (2017)
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Corinthians (2020)
Participou do rebaixamento:
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Guarani (2010)
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Ceará (2011)
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Sport (2012)
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Botafogo (2014)
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Vitória (2018)
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Grêmio (2021)
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Atlético-GO (2024)
Agora, Mancini volta a trabalhar com Diego Cerri, atual diretor esportivo do Bragantino. Anteriormente, ambos foram parceiros no Grêmio, em 2021, do mesmo modo, o time também o time em situação delicada.
Planejamento e futuro
A princípio, o contrato é curto e vale até o fim do ano. A permanência de Mancini será avaliada apenas após o término do Brasileirão. Segundo a diretoria, o foco está em recuperar o time no presente, evitar a queda e, se possível, conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana.
Como resultado, o Red Bull Bragantino aposta em um treinador experiente, motivado e identificado com o clube. Resta saber se a nova parceria renderá frutos rápidos — algo de que o Massa Bruta precisa com urgência nesta reta final.
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