À primeira vista, a eliminação do Racing na CONMEBOL Libertadores marcou o fim de um ciclo. A derrota para o Flamengo, nas semifinais, abriu espaço para uma ampla reestruturação no elenco e colocou em dúvida o futuro do técnico Gustavo Costas. Ainda assim, o clube mantém a calma e aguarda o encerramento do Torneio Clausura para tomar decisões definitivas.
Em primeiro lugar, o comandante tem contrato até dezembro e futuro indefinido. Ídolo como jogador e treinador, Costas é reverenciado pela torcida após as conquistas da Copa Sul-Americana de 2024 e da Recopa de 2025. Contudo, os resultados recentes no Campeonato Argentino pressionam sua continuidade. Atualmente, o Racing ocupa a sexta colocação na tabela anual, fora da zona de classificação para a próxima Libertadores.
Depois da eliminação, Costas se emocionou na entrevista coletiva. Em lágrimas, pediu desculpas aos torcedores e exaltou o empenho do elenco:
“Os garotos deram tudo de si. Eu iria para a guerra com eles. Quero agradecer à torcida pelo apoio e aos jogadores pelo esforço. Estivemos tão perto, mas não conseguimos. Decepcionei o meu povo”, afirmou.
Nesse sentido, a diretoria busca equilibrar a gratidão ao treinador com a necessidade de renovação. Segundo o jornal Olé, nenhuma decisão será tomada antes do fim da temporada. Restando três rodadas no Clausura, o clube concentra esforços para terminar o ano com dignidade.
Sete saídas previstas
Além da indefinição sobre o técnico, o Racing pode perder até sete jogadores. Em fim de contrato, o goleiro Arias e o lateral Mura dificilmente permanecerão. O atacante Vietto, que voltou de lesão, possui cláusula de extensão contratual, mas o clube ainda avalia se exercerá a opção.
Ainda mais, os defensores Martirena e Nardoni despertam interesse de outros clubes sul-americanos, e propostas devem chegar após o Clausura. A reformulação mira reduzir custos e abrir espaço para novas contratações.
O quarteto intocável
Apesar das incertezas, há nomes intocáveis no elenco. A direção considera o goleiro Cambeses, o lateral Rojas, o volante Sosa e o atacante Maravilla Martínez como peças fundamentais. De acordo com dirigentes, apenas ofertas entre 12 e 15 milhões de euros poderiam tirar algum deles do clube.
Do mesmo modo, a manutenção desse núcleo é vista como essencial para manter o estilo competitivo implantado por Costas. Assim, o Racing pretende reconstruir o elenco em torno desses quatro pilares.
Próximos passos
Agora, o foco é o duelo contra o Central Córdoba, marcado para segunda-feira, às 19h, pela 14ª rodada do Clausura. O resultado pode influenciar diretamente nas decisões internas.
Por fim, a eliminação na Libertadores encerra uma etapa de glórias recentes, mas também inaugura um período de transição. Como resultado, o Racing se vê diante de um desafio duplo: preservar sua identidade vencedora e, ao mesmo tempo, preparar o terreno para uma nova era a partir de 2026.
Em suma, o clube de Avellaneda encara o momento com serenidade. Afinal, entre incertezas e esperanças, o Racing busca transformar a dor da queda em combustível para o futuro.
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